Intervenções de enfermagem no controle do câncer - Instituto ...
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iores, junto ao plexo braquial, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> provocar a síndrome <strong>de</strong> Horner que é secundária ao envolvimento<br />
da ca<strong>de</strong>ia simpática e <strong>do</strong> gânglio estrela<strong>do</strong>, causan<strong>do</strong> a e<strong>no</strong>ftalmia unilateral, ptose<br />
palpebral, miose e anidrose ipsilateral da face e <strong>do</strong> membro superior. A rouquidão persistente<br />
aparece em conseqüência da invasão <strong>do</strong>s nervos laríngeos recorrentes. A paralisia diafragmática<br />
unilateral ocorre quan<strong>do</strong> o nervo frênico é atingi<strong>do</strong> pelo tumor ou por linfo<strong>no</strong><strong>do</strong>s. Quan<strong>do</strong> há invasão<br />
<strong>do</strong> tumor para o mediasti<strong>no</strong> superior, po<strong>de</strong> haver comprometimento das estruturas vasculares,<br />
provocan<strong>do</strong> a síndrome da veia cava superior. A linfo<strong>no</strong><strong>do</strong>megalia po<strong>de</strong> ser encontrada na<br />
região supraclavicular ou cervical. Nas metástases ósseas são características a <strong>do</strong>r localizada e a<br />
limitação <strong>do</strong>s movimentos, enquanto as metástases cerebrais se manifestam por cefaléia, náuseas<br />
e vômitos, confusão mental, convulsões e sinais neurológicos focais. Metástases hepáticas,<br />
adrenais e síndromes paraneoplásicas também po<strong>de</strong>m ser encontradas <strong>no</strong>s porta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> <strong>câncer</strong><br />
<strong>de</strong> pulmão.<br />
tratamento<br />
Há três alternativas para o tratamento <strong>do</strong> <strong>câncer</strong> <strong>de</strong> pulmão: cirurgia, radioterapia e quimioterapia.<br />
Quan<strong>do</strong> o tumor for restrito ao pulmão e em estágios I e II, a cirurgia é indicada e com<br />
proposta para ressecção total, com chance <strong>de</strong> cura. Porém, po<strong>de</strong> haver a associação <strong>de</strong> quimioterapia<br />
e radioterapia e eventual resgate cirúrgico em outros estágios. Já <strong>no</strong> estágio IV, a quimioterapia<br />
é o tratamento <strong>de</strong> escolha, porém com chances <strong>de</strong> cura reduzidas. Nos casos em que há possibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> recidiva após o tratamento cirúrgico, a quimioterapia adjuvante po<strong>de</strong> ser indicada.<br />
No <strong>câncer</strong> <strong>de</strong> pulmão não-pequenas células (CPNPC), o tratamento cirúrgico é o méto<strong>do</strong><br />
mais eficiente <strong>de</strong> <strong>controle</strong> <strong>do</strong> tumor, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que seja possível ressecá-lo totalmente e os riscos<br />
<strong>de</strong> morbimortalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> procedimento sejam baixos. O objetivo da cirurgia <strong>no</strong> tratamento <strong>de</strong>stes<br />
pacientes é a retirada <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o tumor, juntamente com o lobo pulmonar, <strong>no</strong> qual se encontra<br />
a lesão, associa<strong>do</strong> à ressecção <strong>do</strong>s linfo<strong>no</strong><strong>do</strong>s mediastinais. Somente os pacientes com tumor<br />
localiza<strong>do</strong> e restrito ao parênquima pulmonar, sem invasão das estruturas adjacentes, são candidatos<br />
potenciais ao tratamento cirúrgico. Portanto a efetivida<strong>de</strong> <strong>do</strong> procedimento cirúrgico, assim<br />
como a sobrevida estarão relacionadas ao estágio patológico da <strong>do</strong>ença e à ressecção completa<br />
<strong>do</strong> tumor.<br />
O <strong>câncer</strong> <strong>de</strong> pulmão <strong>de</strong> pequenas células (CPPC) geralmente é mais agressivo, com alto potencial<br />
para <strong>de</strong>senvolver metástase a distância, e, muitas vezes, o paciente apresenta metástases<br />
<strong>de</strong>tectadas <strong>no</strong> momento <strong>do</strong> diagnóstico. Portanto o tratamento cirúrgico é proposto <strong>no</strong>s estágios<br />
iniciais da <strong>do</strong>ença, estágios I e II, acresci<strong>do</strong> <strong>de</strong> quimioterapia pós-operatória. Se houver recusa <strong>do</strong><br />
paciente ou não houver indicação clínica para realização <strong>do</strong> procedimento cirúrgico, a quimioterapia<br />
e a radioterapia torácica serão o tratamento <strong>de</strong> escolha, por conta <strong>do</strong> tumor ser altamente<br />
responsivo a este tratamento. Nos pacientes que apresentarem remissão completa da <strong>do</strong>ença<br />
após o tratamento, será indica<strong>do</strong> radioterapia profilática <strong>do</strong> sistema nervoso central.<br />
Bases <strong>do</strong> tratamento › 309<br />
<strong>Intervenções</strong> <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong> <strong>no</strong> <strong>controle</strong> <strong>do</strong> <strong>câncer</strong>– Capítulo 6