Intervenções de enfermagem no controle do câncer - Instituto ...
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Quadro 48 – Principais diagnósticos e prescrições <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong> na fase pós-operatória<br />
DIAGNÓSTICO PRESCRIÇÃO<br />
Alto risco para mobilida<strong>de</strong> física<br />
prejudicada (ombro, cabeça),<br />
relaciona<strong>do</strong> à remoção <strong>de</strong><br />
músculos, nervos e traumatismo<br />
secundário ao procedimento<br />
cirúrgico e anestesia<br />
Alto risco para distúrbio <strong>no</strong><br />
autoconceito, relaciona<strong>do</strong> à<br />
mudança na aparência com o uso<br />
<strong>do</strong> tubo <strong>de</strong> traqueostomia, sonda<br />
enteral, dre<strong>no</strong>s suctores e curativo<br />
tipo colar cervical<br />
Comunicação verbal prejudicada,<br />
caracterizada pela incapacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> produzir a fala, relacionada ao<br />
procedimento cirúrgico com a<br />
ressecção das cordas vocais<br />
Ansieda<strong>de</strong> pós-cirúrgica<br />
relacionada ao impacto da perda<br />
da voz em conseqüência <strong>do</strong><br />
tratamento cirúrgico, às <strong>de</strong>mandas<br />
<strong>de</strong> cuida<strong>do</strong>s necessários e ao<br />
<strong>no</strong>vo estilo <strong>de</strong> vida, caracterizada<br />
por relato <strong>de</strong> preocupação e<br />
nervosismo<br />
• Ensinar e estimular o paciente a manter uma boa postura, manten<strong>do</strong> os<br />
ombros posiciona<strong>do</strong>s para trás<br />
• Manter o corpo <strong>do</strong> paciente na posição elevada à cabeceira da cama em<br />
30º a 45º. Essa posição promove o retor<strong>no</strong> ve<strong>no</strong>so, evitan<strong>do</strong> o e<strong>de</strong>ma facial<br />
e laríngeo<br />
• Evitar que o paciente fique senta<strong>do</strong> por perío<strong>do</strong>s prolonga<strong>do</strong>s<br />
• Solicitar um fisioterapeuta para indicar exercícios específicos para o<br />
paciente, a fim <strong>de</strong> fortalecer a musculatura remanescente e aumentar a<br />
sustentação e a estabilida<strong>de</strong> da articulação <strong>do</strong>s ombros, <strong>no</strong>s quais foram<br />
realiza<strong>do</strong>s os esvaziamentos cervicais<br />
• Administrar a medicação para <strong>do</strong>r, conforme prescrita, antes que o paciente<br />
inicie os exercícios motores<br />
• Conversar e tocar <strong>no</strong> paciente com freqüência e tratá-lo <strong>de</strong> maneira<br />
positiva e calorosa<br />
• Estimular o paciente para que olhe e toque <strong>no</strong> estoma e <strong>no</strong> tubo <strong>de</strong><br />
traqueostomia, pois ele necessita <strong>de</strong> ajuda para aceitar a realida<strong>de</strong> da<br />
alteração na aparência física e da função <strong>do</strong> corpo (sistema respiratório e<br />
fonatório)<br />
• Envolver a esposa <strong>no</strong> aprendiza<strong>do</strong> <strong>do</strong>s princípios <strong>de</strong> cuida<strong>do</strong>s com a<br />
ostomia<br />
• Estimular o paciente a expor os auto-atributos, valorizan<strong>do</strong> o autoconceito<br />
positivo<br />
• Sugerir e estimular que o paciente tenha contato com uma pessoa<br />
ostomizada para compartilhar experiências semelhantes<br />
• Fornecer e estimular o paciente a usar mecanismos <strong>de</strong> comunicação nãoverbal,<br />
como o uso <strong>de</strong> gestos e da lousa mágica<br />
• Orientar e estimular a esposa para usar as habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> escuta ativa,<br />
estimulan<strong>do</strong> o paciente na expressão <strong>de</strong> seus <strong>de</strong>sejos e anseios<br />
• Explicar à esposa que evite completar as sentenças, permitin<strong>do</strong> que o<br />
cliente se comunique como <strong>de</strong>sejar<br />
• Explicar ao paciente sobre sua situação atual (uso <strong>de</strong> sonda enteral para<br />
alimentação, tubo <strong>de</strong> traqueostomia, curativo e dre<strong>no</strong>s cervicais e presença<br />
<strong>de</strong> e<strong>de</strong>ma facial <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à manipulação da cirurgia), e que algumas <strong>de</strong>ssas<br />
situações são transitórias e outras permanentes<br />
• Explicar ao paciente e sua esposa as modificações pós-operatórias na<br />
aparência e nas funções que o paciente po<strong>de</strong> esperar (por exemplo: a perda<br />
da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> assoar o nariz, chupar, gargarejar, assobiar e a diminuição<br />
<strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s – olfato e paladar)<br />
• Oferecer apoio emocional ao cliente e esposa<br />
• Mostrar e <strong>de</strong>ixar ao alcance <strong>do</strong> paciente a campainha e um patinho para<br />
diurese<br />
• Proporcionar tranqüilida<strong>de</strong> e conforto ao paciente, encorajan<strong>do</strong>-o a<br />
compartilhar seus sentimentos e preocupações<br />
• Ouvir atentamente e transmitir uma sensação <strong>de</strong> empatia e compreensão<br />
Bases <strong>do</strong> tratamento › 357<br />
<strong>Intervenções</strong> <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong> <strong>no</strong> <strong>controle</strong> <strong>do</strong> <strong>câncer</strong>– Capítulo 6