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Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (2004

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<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Polític<strong>as</strong></strong> <strong>para</strong> <strong>as</strong> <strong>Mulheres</strong><br />

Neste sentido, mesmo <strong>as</strong> polític<strong>as</strong> mais ampl<strong>as</strong>, como <strong>as</strong> macroeconômic<strong>as</strong>, têm incidência sobre a vida<br />

d<strong>as</strong> mulheres e sobre a dinâmica d<strong>as</strong> relações <strong>de</strong> gênero, e <strong>de</strong>vem ser pensad<strong>as</strong> levando em consi<strong>de</strong>ração<br />

ess<strong>as</strong> implicações, com objetivo <strong>de</strong> romper com os padrões <strong>de</strong> discriminação. As mulheres <strong>de</strong>vem ser<br />

consi<strong>de</strong>rad<strong>as</strong> como sujeitos <strong>de</strong> direitos e sujeitos políticos e o <strong>de</strong>senvolvimento econômico e social <strong>de</strong>ve<br />

ser promovido <strong>de</strong> maneira sustentável, com respeito ao meio-ambiente e por meio do uso a<strong>de</strong>quado dos<br />

recursos naturais do país.<br />

A Política <strong>Nacional</strong> <strong>para</strong> <strong>as</strong> <strong>Mulheres</strong> parte da certeza <strong>de</strong> que o maior acesso e participação d<strong>as</strong> mulheres<br />

nos espaços <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r é um instrumento essencial <strong>para</strong> <strong>de</strong>mocratizar o Estado e a socieda<strong>de</strong>. Dessa forma,<br />

é uma estratégia <strong>de</strong> longo alcance, no sentido <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocratização do Estado, sendo <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> do<br />

conjunto <strong>de</strong> governo, e não <strong>de</strong> uma área específica. Sua implementação requer uma ação coor<strong>de</strong>nada e<br />

articulada <strong>de</strong> vários órgãos, secretari<strong>as</strong> e ministérios.<br />

Para tanto, faz-se necessária a criação <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> institucional entre Governo Fe<strong>de</strong>ral, Estados e Municípios<br />

<strong>para</strong> a implementação da Política, com vist<strong>as</strong> a garantir o alcance <strong>de</strong> seus resultados e a superação da<br />

<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> gênero no país.<br />

Além disso, apresentam-se como importantes instrumentos <strong>para</strong> a construção <strong>de</strong> relações <strong>de</strong>mocrátic<strong>as</strong><br />

com os movimentos feminist<strong>as</strong> e <strong>de</strong> mulheres a criação e o fortalecimento <strong>de</strong> mecanismos institucionais<br />

que ampliem a participação popular e o controle social. Alguns exemplos <strong>de</strong>sses mecanismos são: <strong>as</strong><br />

conferênci<strong>as</strong>, os conselhos <strong>de</strong> direitos d<strong>as</strong> mulheres, os processos <strong>de</strong> orçamento participativo que garantam<br />

a participação d<strong>as</strong> mulheres, contemplando a representação <strong>de</strong> mulheres índi<strong>as</strong>, negr<strong>as</strong>, lésbic<strong>as</strong>, idos<strong>as</strong>,<br />

jovens, com <strong>de</strong>ficiência, cigan<strong>as</strong>, profissionais do sexo, rurais, urban<strong>as</strong>, entre outr<strong>as</strong>.<br />

A Política <strong>Nacional</strong> <strong>para</strong> <strong>as</strong> <strong>Mulheres</strong> orienta-se pelos princípios da igualda<strong>de</strong> e respeito à diversida<strong>de</strong>,<br />

princípio da eqüida<strong>de</strong>, da autonomia d<strong>as</strong> mulheres, da laicida<strong>de</strong> do Estado, da universalida<strong>de</strong> d<strong>as</strong> polític<strong>as</strong>,<br />

da justiça social, da transparência dos atos públicos e da participação e controle social.<br />

• Igualda<strong>de</strong> e respeito à diversida<strong>de</strong> – mulheres e homens são iguais em seus direitos e sobre este<br />

princípio se apóiam <strong>as</strong> polític<strong>as</strong> <strong>de</strong> Estado que se propõem a superar <strong>as</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gênero. A promoção<br />

da igualda<strong>de</strong> requer o respeito e atenção à diversida<strong>de</strong> cultural, étnica, racial, inserção social, <strong>de</strong> situação<br />

econômica e regional, <strong>as</strong>sim como aos diferentes momentos da vida. Demanda o combate às <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> toda sorte, por meio <strong>de</strong> polític<strong>as</strong> <strong>de</strong> ação afirmativa e consi<strong>de</strong>ração d<strong>as</strong> experiênci<strong>as</strong> d<strong>as</strong> mulheres na<br />

formulação, implementação, monitoramento e avaliação d<strong>as</strong> polític<strong>as</strong> públic<strong>as</strong>.<br />

• Equida<strong>de</strong> - o acesso <strong>de</strong> tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> aos direitos universais <strong>de</strong>ve ser garantido com ações <strong>de</strong><br />

caráter universal, m<strong>as</strong> também por ações específic<strong>as</strong> e afirmativ<strong>as</strong> voltad<strong>as</strong> aos grupos historicamente<br />

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