04.08.2013 Views

Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (2004

Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (2004

Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (2004

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Secretaria Especial <strong>de</strong> <strong>Polític<strong>as</strong></strong> <strong>para</strong> <strong>as</strong> <strong>Mulheres</strong> - Presidência da República<br />

A PNDS (1996) <strong>de</strong>monstra que a laqueadura tubária (40%) e a pílula (21%) são os métodos anticoncepcionais<br />

mais usados no Br<strong>as</strong>il. A prevalência da laqueadura é maior n<strong>as</strong> regiões on<strong>de</strong> <strong>as</strong> mulheres têm menor<br />

escolarida<strong>de</strong> e condições sócio-econômic<strong>as</strong> mais precári<strong>as</strong>. A baixa freqüência <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> outros métodos<br />

(hormonais injetáveis 1,2%, condom 4,4%, esterilização m<strong>as</strong>culina 2,6%, DIU 1,1%, métodos naturais e<br />

outros 6,6%), <strong>as</strong>sociada à ausência <strong>de</strong> citação do diafragma indicam o limitado acesso d<strong>as</strong> mulheres às<br />

informações sobre <strong>as</strong> opções disponíveis.<br />

Ainda segundo esta pesquisa, 43% d<strong>as</strong> usuári<strong>as</strong> <strong>de</strong> métodos anticoncepcionais interromperam o uso durante<br />

os primeiros doze meses após a adoção, e, nos cinco anos que antece<strong>de</strong>ram o estudo, aproximadamente<br />

50% dos n<strong>as</strong>cimentos não foram planejados. A proporção <strong>de</strong> mulheres que apresentavam necessida<strong>de</strong><br />

insatisfeita <strong>de</strong> anticoncepção era <strong>de</strong> 9,3% na área rural e <strong>de</strong> 4,5% na área urbana. Possivelmente, esta<br />

situação contribui <strong>para</strong> a ocorrência <strong>de</strong> abortamentos em condições insegur<strong>as</strong> e <strong>para</strong> o aumento do risco <strong>de</strong><br />

morte por esta causa.<br />

No Br<strong>as</strong>il, o acesso à anticoncepção, direito garantido constitucionalmente, não é amplamente atendido.<br />

Existem problem<strong>as</strong> na produção, controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, aquisição, logística <strong>de</strong> distribuição dos insumos e<br />

manutenção da continuida<strong>de</strong> da oferta <strong>de</strong> métodos anticoncepcionais. O resultado é uma atenção precária<br />

e exclu<strong>de</strong>nte, ou até inexistente em algum<strong>as</strong> localida<strong>de</strong>s, com maior prejuízo <strong>para</strong> <strong>as</strong> mulheres oriund<strong>as</strong><br />

d<strong>as</strong> camad<strong>as</strong> mais pobres e d<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> rurais.<br />

No período <strong>de</strong> 1996 a 2000 houve um acréscimo <strong>de</strong> 1,8% no percentual <strong>de</strong> partos na faixa etária <strong>de</strong> 10 a<br />

14 anos, p<strong>as</strong>sando-se <strong>de</strong> 31.911 partos, em 1996, <strong>para</strong> 32.489 registrados em 2000 (DATASUS/MS).<br />

O Programa <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> DST/Aids (Dez/99 a Jun/2000) informa que, na distribuição proporcional <strong>de</strong> c<strong>as</strong>os<br />

<strong>de</strong> Aids, segundo sexo e ida<strong>de</strong>, a maior incidência, <strong>de</strong> 13,2%, atinge o sexo feminino na faixa etária <strong>de</strong> 20<br />

a 24 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Consi<strong>de</strong>rando-se o tempo transcorrido até o aparecimento da doença, verifica-se que<br />

a contaminação po<strong>de</strong> ter ocorrido nos primeiros anos da adolescência, quando se reforça a dificulda<strong>de</strong><br />

encontrada por mulheres em negociar o sexo seguro.<br />

Estimativ<strong>as</strong> recentes sugerem a ocorrência <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 10 milhões <strong>de</strong> nov<strong>as</strong> infecções <strong>de</strong> transmissão<br />

sexual, que po<strong>de</strong>m evoluir <strong>para</strong> doenç<strong>as</strong> sintomátic<strong>as</strong>, como uretrites, cervicites, úlcer<strong>as</strong> e verrug<strong>as</strong> genitais,<br />

ou permanecerem <strong>as</strong>sintomátic<strong>as</strong>. Este fato, <strong>as</strong>sociado ao alto índice <strong>de</strong> automedicação, agrava o problema,<br />

pois muit<strong>as</strong> <strong>de</strong>st<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> não recebem orientação e tratamento a<strong>de</strong>quados e, portanto permanecem<br />

transmitindo a doença.<br />

O total <strong>de</strong> c<strong>as</strong>os <strong>de</strong> AIDS acumulados no Br<strong>as</strong>il, no período <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1980 a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2002, é <strong>de</strong><br />

257.780 mil, sendo 68.528 em mulheres (PN-DST/Aids). Em 1986, 0,5% dos c<strong>as</strong>os <strong>de</strong> AIDS notificados<br />

eram do sexo feminino. Nos últimos anos, a participação d<strong>as</strong> mulheres no conjunto dos c<strong>as</strong>os chega a 30%.<br />

A faixa etária <strong>de</strong> 20 a 39 anos tem sido a mais atingida e apresenta maior risco <strong>de</strong> se infectar. Um estudo<br />

60

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!