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Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (2004

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<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Polític<strong>as</strong></strong> <strong>para</strong> <strong>as</strong> <strong>Mulheres</strong><br />

que visa promover polític<strong>as</strong> públic<strong>as</strong> <strong>de</strong> combate a tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> form<strong>as</strong> <strong>de</strong> discriminação no emprego e na<br />

ocupação. A Comissão é <strong>de</strong> âmbito nacional, <strong>de</strong> caráter permanente e consultivo.<br />

Apesar da existência <strong>de</strong>sses instrumentos, <strong>as</strong> ações implementad<strong>as</strong> não foram suficientes <strong>para</strong> garantir<br />

tratamento diferenciado da mulher trabalhadora. O reconhecimento da maternida<strong>de</strong> como função social<br />

<strong>de</strong> interesse coletivo implica na garantia <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong> proteção da mulher no trabalho. Faltam<br />

equipamentos públicos, e a rigi<strong>de</strong>z da divisão sexual do trabalho persiste.<br />

Pouc<strong>as</strong> empres<strong>as</strong> compreen<strong>de</strong>m que a responsabilida<strong>de</strong> social p<strong>as</strong>sa por um olhar <strong>de</strong> gênero, preocupação<br />

recente. No sentido <strong>de</strong> fortalecer este enfoque, em 2003, o Instituto Ethos, com a colaboração da SPM<br />

lançou a pesquisa “Compromisso d<strong>as</strong> Empres<strong>as</strong> com a Valorização da Mulher” 15 .<br />

O Ministério do Trabalho e Emprego, órgão responsável pela regulamentação e fiscalização d<strong>as</strong> relações <strong>de</strong><br />

emprego e na profissão, iniciou em 1997 o Programa Br<strong>as</strong>il, Gênero e Raça – Implementação d<strong>as</strong> Convenções<br />

nº. 100 e nº. 111 da OIT, com o objetivo <strong>de</strong> garantir su<strong>as</strong> diretrizes e princípios.<br />

O Programa Br<strong>as</strong>il, Gênero e Raça está sendo implementado pel<strong>as</strong> Delegaci<strong>as</strong> e Sub<strong>de</strong>legaci<strong>as</strong> Regionais<br />

do Trabalho, por meio dos Núcleos <strong>de</strong> Promoção da Igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Oportunida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> Combate à<br />

Discriminação. Estes Núcleos realizam ações educativ<strong>as</strong> e preventiv<strong>as</strong>; atuam na mediação <strong>de</strong> conflitos<br />

individuais e coletivos e em ações afirmativ<strong>as</strong>; realizam parceri<strong>as</strong> com entida<strong>de</strong>s e <strong>as</strong>sociações representantes<br />

da população excluída e apóiam ainda ações <strong>de</strong>senvolvid<strong>as</strong> por terceiros que visem promover a igualda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> tratamento.<br />

Os tipos mais freqüentes <strong>de</strong> discriminação que ocorrem contra <strong>as</strong> mulheres trabalhador<strong>as</strong> estão relacionados<br />

à gravi<strong>de</strong>z,à raça, às portador<strong>as</strong> <strong>de</strong> HIV e às mulheres com <strong>de</strong>ficiência ou reabilitad<strong>as</strong>. El<strong>as</strong> são vítim<strong>as</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>as</strong>sédio sexual, <strong>de</strong>missão arbitrária e ilegal ou <strong>de</strong> hostilida<strong>de</strong>s no local <strong>de</strong> trabalho, como forma <strong>de</strong> forçar<br />

pedidos <strong>de</strong> <strong>de</strong>missão. Muit<strong>as</strong> mulheres, após confirmação <strong>de</strong> gravi<strong>de</strong>z, são imediatamente <strong>de</strong>spedid<strong>as</strong> ou<br />

submetid<strong>as</strong> a tratamentos <strong>de</strong>sumanos e discriminatórios por parte dos empregadores.<br />

No c<strong>as</strong>o d<strong>as</strong> mulheres com doenç<strong>as</strong> infecto-contagios<strong>as</strong>, especialmente com HIV/Aids, a falta <strong>de</strong> informação<br />

dos dirigentes d<strong>as</strong> empres<strong>as</strong> e dos próprios coleg<strong>as</strong> <strong>de</strong> trabalho é um dos principais fatores que levam à<br />

discriminação. A <strong>de</strong>scoberta pelos empregadores <strong>de</strong> sorologia positiva, inclusive por meio <strong>de</strong> exames<br />

ilegais, prática criminosa, expõe a trabalhadora ao preconceito <strong>de</strong> seus coleg<strong>as</strong> e qu<strong>as</strong>e sempre resulta em<br />

<strong>de</strong>missão sumária.<br />

A discriminação contra <strong>as</strong> mulheres e o preconceito racial, aliados às dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> acesso à educação,<br />

reservam às mulheres negr<strong>as</strong> <strong>as</strong> menores remunerações e <strong>as</strong> funções <strong>de</strong> mais baixa qualificação.<br />

A ameaça <strong>de</strong> <strong>de</strong>missão sumária é uma d<strong>as</strong> arm<strong>as</strong> utilizad<strong>as</strong> por empregadores, como forma <strong>de</strong> submeter<br />

trabalhador<strong>as</strong> ao <strong>as</strong>sédio sexual. As <strong>de</strong>núnci<strong>as</strong> que chegam aos Núcleos <strong>de</strong> Combate à Discriminação<br />

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