análise numérica da ancoragem em ligações do tipo viga-pilar de ...
análise numérica da ancoragem em ligações do tipo viga-pilar de ...
análise numérica da ancoragem em ligações do tipo viga-pilar de ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Critérios a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s na avaliação <strong>numérica</strong> <strong>da</strong>s ancoragens nas <strong>ligações</strong><br />
4.3.3 Resulta<strong>do</strong>s e discussões<br />
Os parâmetros comparativos estabeleci<strong>do</strong>s foram a relação força aplica<strong>da</strong> versus<br />
<strong>de</strong>formação <strong>da</strong>s barras <strong>da</strong> armadura longitudinal <strong>da</strong> <strong>viga</strong>, a intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> máxima <strong>de</strong><br />
solicitação <strong>da</strong>s barras nos pontos analisa<strong>do</strong>s, <strong>em</strong> termos <strong>da</strong>s tensões e <strong>de</strong>formações, e a<br />
força tração à medi<strong>da</strong> que as seções transversais se afastam <strong>da</strong> face <strong>do</strong> <strong>pilar</strong>.<br />
De acor<strong>do</strong> com a <strong>de</strong>scrição <strong>da</strong> <strong>análise</strong> experimental feita por Ortiz (1993), as<br />
primeiras fissuras surgiram no canto superior <strong>da</strong> ligação entre a <strong>viga</strong> e o <strong>pilar</strong> no<br />
instante <strong>em</strong> que a força aplica<strong>da</strong> na extr<strong>em</strong>i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>viga</strong> foi <strong>de</strong> 27kN , e a primeira<br />
fissura diagonal no nó ocorreu quan<strong>do</strong> a força foi <strong>de</strong> 50kN , a qual foi <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> como<br />
sen<strong>do</strong> a força <strong>de</strong> fissuração <strong>do</strong> nó. Para esse valor <strong>da</strong> força, o momento <strong>de</strong> fissuração foi<br />
M = 6250kN<br />
⋅ cm . Na ruína <strong>do</strong> pórtico, a força última foi <strong>de</strong> 125kN e o momento<br />
r<br />
correspon<strong>de</strong>nte foi M = 15625kN<br />
⋅ cm .<br />
u<br />
Para tal verificação, foi forneci<strong>da</strong> a evolução <strong>da</strong>s <strong>de</strong>formações nas barras <strong>da</strong> <strong>viga</strong><br />
ao longo <strong>da</strong> aplicação <strong>da</strong> força nos cinco pontos menciona<strong>do</strong>s na Figura 4.6 (ver Figura<br />
4.10, Figura 4.11, Figura 4.12, Figura 4.13 e Figura 4.14).<br />
Os resulta<strong>do</strong>s experimentais foram apresenta<strong>do</strong>s mediante valores pontuais, ou<br />
seja, a <strong>de</strong>formação foi registra<strong>da</strong> <strong>em</strong> alguns estágios <strong>de</strong> força, ao passo que, pela <strong>análise</strong><br />
<strong>numérica</strong>, pu<strong>de</strong>ram-se apreciar os acréscimos <strong>de</strong> <strong>de</strong>formações ao longo <strong>da</strong> história <strong>do</strong><br />
carregamento.<br />
No âmbito geral, a aproximação entre os resulta<strong>do</strong>s experimentais e os<br />
numéricos melhorou à proporção que se verificou a <strong>de</strong>formação nas barras nos pontos<br />
mais internos <strong>da</strong> região no<strong>da</strong>l, com exceção <strong>do</strong> ponto E-4.<br />
É notável que o mo<strong>de</strong>lo numérico mostrou-se com um comportamento mais<br />
rígi<strong>do</strong> no nó até o instante <strong>em</strong> que força aplica<strong>da</strong> foi a <strong>de</strong> 50kN . A partir <strong>da</strong>í, a<br />
<strong>de</strong>formação <strong>da</strong>s barras <strong>da</strong> <strong>viga</strong> se elevaram substancialmente. Uma possível justificativa<br />
para tal fato se <strong>de</strong>ve a limitação <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo quanto à <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>ração <strong>do</strong> contato entre a<br />
armadura e o concreto.<br />
Tal hipótese se traduz na completa absorção <strong>da</strong>s tensões <strong>de</strong> tração pelas barras<br />
<strong>da</strong> armadura no instante <strong>em</strong> que o concreto atinge sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> resistência à<br />
tração. Na reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, o atrito entre os el<strong>em</strong>entos constituintes <strong>do</strong> concreto arma<strong>do</strong> no<br />
estágio <strong>de</strong> pós-fissuração <strong>do</strong> concreto reduz as tensões nas barras e, conseqüent<strong>em</strong>ente,<br />
as <strong>de</strong>formações.<br />
88