Síxpavoi
Síxpavoi
Síxpavoi
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
326 DIDASKAI.iA<br />
Os dados linguísticos põem questões de tradução mais dentro<br />
das possibilidades de uma resposta crítica. Os <strong>Síxpavoi</strong> são de duas<br />
cabeças ou de duas faces» De duas frontes ou de dois cérebros?<br />
Com duas hastes ou cornos ou com dois crâneos?<br />
De entre as traduções existentes do «Poema» de Parménides<br />
poucas são as que têm revisto a primitiva tradução de Diels em<br />
Die Fragmente der Vorsokratiker, t. I, p. 233: «Aber dann auch von<br />
jenen, auf dem da nichts wissende Sterbliche einherschwanken, (5)<br />
Doppelköpfe» . A tradução por dupla cabeça significando dois<br />
crâneos é, de 58 facto, a mais usual desde Diels a Reinhardt e às<br />
traduções propostas por Kirk e Raven e Guthrie . Também<br />
Albertelli, Untersteiner e Mondolfo, como Zafiropulo, 59 Battistini e<br />
Ramnoux seguem as fórmulas de «dupla cabeça» ou simplesmente<br />
de «duas cabeças» .<br />
60<br />
Outro grupo de autores preferem a tradução proposta por<br />
John Burnet: two-faced, com «duas caras», como por exemplo<br />
Alexandre Kojève e Jean Voilquin .<br />
Traduções variantes destas utilizam 61 a designação de «bi-céfalos»,<br />
«bi-frônticos» ou juntam àquelas já referidas certas precisões que<br />
indicam como entender a dupla cabeça, as duas cabeças, a dupla<br />
face-olhar, ou as duas caras.<br />
por vezes ainda confusa, dos que pudessem obter a gnose. Mesmo no pitagorismo antigo<br />
ji se encontra esta concepção que deve estar presente também como contexto do «Poema»<br />
de Parménides. Cf. A. de MARIGNAC, Imagination et Dialectique — Essai sur l'expression du<br />
spirituel par l'image dans les Dialogues de Platon, Paris, Belles Lettres, 1951.<br />
5 8<br />
Cf. DIELS-KRANZ, Die Fragmente der Vorsokratiker, T. I, p. 233 (sublinhado nosso).<br />
Cf. também idêntica tradução em UEBERWEG, Grundriss der Geschichte der Philosophie, 1.1, p. 84.<br />
5 9<br />
Cf. K. REINHARDT, Parmenides, p. 68; KIRK-RAVEN, The Presocratic Philosophers,<br />
p. 271; GUTHRIE, A History of Greek Philosophy, vol. II, p. 23; L. TARAN, Parmenides,<br />
A Text with Translation, Commentary and Criticai Essays, Princeton-New Jersey, Princeton<br />
Univ. Press, 1965, p. 63.<br />
6 0<br />
Cf. P. ALBERTELLI, Gli Eleati, Testimonianze e Frammenti, Bari, Laterza, 1939,<br />
p. 135; M. UNTERSTEINER, Parmenide, p. 135; R. MONDOLFO, Il peitsiero antiquo, trad. port.<br />
S. Paulo, ed. Mestre Jou, 1964, t. I, p. 80; J. ZAFIROPULO, L'École Éléate, p. 134;<br />
Y. BATTISTINI, Trois présocratiques -Héraclite, Parménide, Empédocle, Paris, Gallimard, 1968,<br />
p. 112; C. RAMNOUX, «Les présocratiques» in: Histoire de la Philosophie, t. I: Orient,<br />
Antiquité, Moyen Âge, dirig. por Brice Parain, Encyclopédie de la Pléiade, Paris, Gallimard,<br />
1969, p. 425; M. SAUVAGE, Parménide ou la sagesse impossible, Paris, Seghers, 1973, p. 57;<br />
J. BEAUFRET, Le Poème de Parménide, Paris, P. U. F., 1955, p. 81. De salientar ainda a tradução<br />
proposta por Martin HEIDEGGER, Einfuhrung in die Metaphysik, Tübingen, Max Niemeyer,<br />
1966, p. 85: «die Zwieköpfe».<br />
6 1<br />
Cf. J. BURNET, Early Greek Philosophy, p. 174; A. KOJÈVE, Essai d'une histoire<br />
raisonnée de la philosophie paienne, t. I: Les présocratiques, Paris, Gallimard, 1968, p. 221;<br />
J. VOILQUIN, Les Penseurs Grecs avant Socrate-De Thaïes de Milet a Prodicos, Paris, Garnier-<br />
-Flammarion, 1964, p. 94.