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digitais - Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE - PPGL ...

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(..)<br />

Procuro 0 que figura<br />

(...)<br />

Procuro 0 que projeto<br />

(..)<br />

Procuro 0 procurar-te,<br />

o que s<strong>em</strong>pre fiz e niio sei.<br />

Talvez 0 aqui e 0 agora, a parte<br />

do que ficou fora <strong>de</strong> lei. "<br />

Reitera<strong>da</strong><br />

a busca, 0 que ficou fora <strong>de</strong> lei e manejado habilmente pelo poeta que<br />

promove a integrac;ao do corpo lingiiistico que se forma, com 0 corpo erotica nele<br />

inserido. Embora <strong>de</strong>spe<strong>da</strong>yados, esses corpos buscam uma entrega absoluta e sac<br />

convocados a apresentar<strong>em</strong>-se na sua completu<strong>de</strong> interior. Dai nosso segundo capitulo<br />

trazer imbricados corpo <strong>de</strong> linguag<strong>em</strong> e corpo erotico.<br />

Fazendo 0 trabalho <strong>de</strong> isis, t<strong>em</strong>os que partir do corpo do poeta que ja se encontra<br />

disperso na obscuri<strong>da</strong><strong>de</strong> do t<strong>em</strong>po e do espac;o - noite, san;a ar<strong>de</strong>ndo s<strong>em</strong> luz nas<br />

cinzas - mas, onipresente<br />

- aqu<strong>em</strong>, al<strong>em</strong>, <strong>de</strong>ntro do texto - como se fosse a propria recomposic;ao<br />

do cosmos, como sugere no po<strong>em</strong>a CicIo (5), <strong>de</strong> Plural <strong>de</strong> Nuvens:<br />

"E sou diutumo, sou qua-t<strong>em</strong>ario:<br />

o fogo, a terra e 0 m 'ar entreabertos,<br />

plural <strong>de</strong> ventos <strong>em</strong> que me espalho<br />

<strong>em</strong> ca<strong>da</strong> face do poliedro. "<br />

o jogo com as palavras espalha<strong>da</strong> nesta estrofe e espelha<strong>da</strong> <strong>em</strong> uma anterior<br />

traduz 0 momento especial na poesia telesiana on <strong>de</strong> ele, como fiador do enunciado se<br />

<strong>de</strong>ixa refletir na sua propria enunciac;ao. Refletindo-se,<br />

reflete 0 mundo e, pela linguag<strong>em</strong><br />

poetica, faz vir a tona um outro mundo, um outro corpo, tamb<strong>em</strong> esfacelado, mas<br />

acrescido <strong>de</strong> sonhos, <strong>de</strong> amores, <strong>de</strong> encontros, <strong>de</strong> profundi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do ser, cuja existencia<br />

se <strong>da</strong> como travessia do estabelecido ao nao estabelecido, do continuo ao <strong>de</strong>scontinuo.<br />

Travessia que comec;a <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> lingua, par um assalto, como <strong>em</strong> Ludus (4), <strong>de</strong> Plural<br />

<strong>de</strong> Nuvens:

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