digitais - Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE - PPGL ...
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ha urn aproveitamento <strong>de</strong> textos alheios, mas <strong>de</strong> textos diversos do mesmo autor.<br />
Segundo ela, alguns autores rotulam esse caso como sendo uma "intra- au autotextuali<strong>da</strong><strong>de</strong>".<br />
Urn caso mesmo <strong>de</strong> reelaborayao do pr6prio trabalho, como po<strong>de</strong>mos<br />
perceber na poesia <strong>de</strong> Gilberta Mendonya Teles . A constante busca <strong>da</strong> perfeiyao poetica<br />
( se e que ela existe ) fa-Io valer-se <strong>de</strong>sse recurso: sua poesia anterior torna-se urn<br />
suporte enriquecedor <strong>da</strong> que se segue, criando, <strong>de</strong>ssa forma, uma t<strong>em</strong>atica amorosa<br />
peculiar, que se <strong>de</strong>fine entre a luz e a sombra <strong>de</strong> sua propria obra e <strong>da</strong> obra do outro,<br />
entre a luz <strong>de</strong> seu pr6prio corpo e a sombra do corpo trans-plantado.<br />
A sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
critica coloca-o frente a frente com as marc as alheias, mas nao 0 impe<strong>de</strong> <strong>de</strong> ver as suas<br />
pr6prias marcas construi<strong>da</strong>s ao longo <strong>de</strong> sua obra como se fosse A Cas a (40), <strong>de</strong> &<br />
Cone <strong>de</strong> Sombras, "<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> lei", fazendo-se a "face do passado" atraves <strong>da</strong><br />
enunciayao <strong>da</strong> "viga-mestra" que teve a chance <strong>de</strong> "criar um mundo num relance <strong>de</strong><br />
uma nova linguag<strong>em</strong> repeti<strong>da</strong>". A ver<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
signos-corpo<br />
para 0 escritor,<br />
e que sua obra e urn gran<strong>de</strong> jogo com os<br />
dos outros. Conforme diz Silviano Santiago (1978), as palavras dos outros,<br />
"t<strong>em</strong> a particulari<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se apresentar<strong>em</strong> como objetos que fascinam<br />
seus olhos, seus <strong>de</strong>dos, e a escritura do texto segundo e <strong>em</strong> parte a hist6ria <strong>de</strong> uma<br />
experiencia sensual com 0 signo estrangeiro". Fenomeno que po<strong>de</strong> muito b<strong>em</strong> se aplicar<br />
aos textos <strong>de</strong> Gilberto Mendonya Teles.<br />
o que v<strong>em</strong>os na poesia telesiana com relayao a intertextuali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
e a utilizayao<br />
<strong>de</strong> sse meio para produzir e <strong>da</strong>r sentido ao corpo <strong>de</strong> linguag<strong>em</strong>. E que 0 poeta, sabendo a<br />
"gaia ciencia", toma posse <strong>de</strong> to<strong>da</strong> uma tradiyao literaria, a-traindo-a e tornando-a<br />
visivel nas entrelinhas <strong>de</strong> seu texto. E faz isso <strong>de</strong>s-organizando 0 t<strong>em</strong>po e 0 espayO<br />
literario nas finas dobras <strong>de</strong> sua imaginayao, tentando encontrar , pela sombra, 0 perfeito<br />
equilibrio <strong>da</strong> "luz na luz", oferecendo a senha basica <strong>de</strong> que, Literatura vindo <strong>de</strong><br />
Literatura, v<strong>em</strong>, como <strong>em</strong> & Cone <strong>de</strong> Sombras, <strong>da</strong> Fonte (22). E, somente<br />
"<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro do po<strong>em</strong>a e que se alcanfa medir<br />
todo a sell t<strong>em</strong>po, to<strong>da</strong> a sua estirpe<br />
<strong>de</strong> nllvens e engenharias <strong>de</strong> horizontes. "