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digitais - Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE - PPGL ...

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Entre 0 Ser e 0 Nome (28), <strong>de</strong> & Cone <strong>de</strong> Sombras, <strong>de</strong>termina 0 ser como<br />

sintese <strong>da</strong> poesia. Atraves <strong>de</strong>sse ser as coisas se tornam possiveis, adquir<strong>em</strong> forya e<br />

majesta<strong>de</strong> - ser po<strong>de</strong>roso, "rainha" capaz <strong>de</strong> unir e ultrapassar 0 seu espayO, <strong>de</strong><br />

estabelecer suas fronteiras violentando a sombra do papel, penetrando-o, mas<br />

conseguindo<br />

"trasla<strong>da</strong>r-se":<br />

"NCioha poesia fora do nome e do ser<br />

que 0 con<strong>de</strong>nsa e contorna silencioso.<br />

Ate 0 timbre <strong>de</strong> uma silaba me excita<br />

a sensac;iio <strong>da</strong> trajet6ria interior.<br />

Eat tudo e possivel. Ese entrelac;am<br />

o gesto <strong>de</strong> conter-se e 0 trasla<strong>da</strong>r-se<br />

para aI<strong>em</strong> <strong>da</strong> paisag<strong>em</strong>, no castelo<br />

penetrar como um signo e seu <strong>de</strong>signio,<br />

sua liC;iio<strong>de</strong> forc;a e majesta<strong>de</strong>,<br />

ressondncias <strong>de</strong> flautas nos cabelos,<br />

perfume violentrando a sombra do papel ".<br />

Nos quatro po<strong>em</strong>as converg<strong>em</strong>, fun<strong>da</strong>mentalmente, linguag<strong>em</strong> e mulher, palavra<br />

e corpo. Segundo Ricoeur, "0 criador <strong>de</strong> metaforas e esse artesiio com habili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

verbal capaz <strong>de</strong> extrair um enunciado significativo para uma nova interpretac;iio que<br />

merec;a ser chama<strong>da</strong> metaf6rica". Gilberto Mendonya Teles e b<strong>em</strong> esse artesao capaz<br />

<strong>de</strong> extrair linguag<strong>em</strong> <strong>da</strong> linguag<strong>em</strong>, poesia <strong>da</strong> poesia e fazer jorrar urn novo sentido<br />

metaf6rico. Em sua poesia nenhum signa e <strong>em</strong>pregado ao acaso. Nos citados po<strong>em</strong>as,<br />

notamos uma predomimincia do uso <strong>de</strong> enunciados nominais, it exceyao do ultimo<br />

po<strong>em</strong>a, cujos enunciados verbais sao os responsaveis<br />

pela interligayao <strong>da</strong> imag<strong>em</strong>, <strong>de</strong>sse<br />

seL E como conseguir <strong>de</strong>monstrar esse fato? Partamos entao do fato <strong>de</strong> que Gilberto<br />

Mendonya Teles se vale do el<strong>em</strong>ento referencial para cavar a face mais secreta do ser, 0

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