21.05.2014 Views

digitais - Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE - PPGL ...

digitais - Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE - PPGL ...

digitais - Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE - PPGL ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

E<strong>em</strong>S<strong>em</strong>iologia<br />

II (77), quando 0 fim inadiave1 chega, comeya a luta corpo a<br />

corpo. Nessa luta se imprim<strong>em</strong> as marcas do t<strong>em</strong>po no corpo<br />

do poeta. E dos cortes<br />

maiores, 0 me1hor pr<strong>em</strong>io, a cabeya <strong>de</strong>cepa<strong>da</strong>, para silenciar 0 corpo que <strong>de</strong>nuncia sua<br />

estranha e sensual relayao com tudo 0 que the e significante e the <strong>de</strong>sperta a paixao e 0<br />

<strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> dizer s<strong>em</strong>pre mais e melhor a melhor palavra e tudo 0 que <strong>de</strong>la po<strong>de</strong> extrair<br />

s<strong>em</strong> trai-la na sua trajet6ria poetica. A notar pela primeira e a ultima estrofe, 0 corpo do<br />

poeta foi marcado nas suas partes mais essenciais, na tentativa <strong>de</strong> cala-lo para s<strong>em</strong>pre, 0<br />

que ele resiste:<br />

"Algu<strong>em</strong> vai afiando um tipo <strong>de</strong> arma branca<br />

para me <strong>de</strong>golar e <strong>de</strong>ixar no meu corpo<br />

as marcas do que fui, do que se foi mu<strong>da</strong>ndo<br />

na solidfio <strong>da</strong> travessia.<br />

(..)<br />

_0 corte vertical, como um apendice<br />

nos limites do ventre.<br />

_ A ruga horizontal, como uma cor<strong>da</strong><br />

<strong>em</strong> lomo do pescoc;o.<br />

_ A elipse na testa, como um timel<br />

para <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> mim.<br />

A travessia solitaria no t<strong>em</strong>po inscreve 0 espayo fun<strong>da</strong>dor <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a obra poetica<br />

telesiana que e 0 corpo. Corpo este que v<strong>em</strong> mascarado pelo t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> forma <strong>de</strong><br />

cav<strong>em</strong>a, gruta, cavi<strong>da</strong><strong>de</strong>, nuv<strong>em</strong>, cone, casa, s<strong>em</strong>pre mostra<strong>da</strong> a partir <strong>de</strong> seu interior.<br />

Quando mencionamos anteriormente a i<strong>de</strong>ia <strong>da</strong> cav<strong>em</strong>a platonica presente ja no<br />

po<strong>em</strong>a Plural <strong>de</strong> Nuvens e porque ja a viamos, inevitavelmente,<br />

como 0 fio condutor<br />

para chegarmos it essencia <strong>da</strong> poetica <strong>de</strong> Gilberto Mendonya Teles. A alegoria <strong>da</strong><br />

cav<strong>em</strong>a cobre todo esse espayo corpo-enunciador<br />

que na travessia do t<strong>em</strong>po foi tamb<strong>em</strong><br />

ele atravessado pela contraluz para s6 <strong>de</strong>pois conseguir atingir 0 "perfdto equilibrio<br />

<strong>da</strong> luz na luz. "Seu corpo, como cone, foi filtrando e compartimentando todo urn

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!