digitais - Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE - PPGL ...

A analise de Plural de Nuvens e & Cone de Sombras que ora empreendemos
encontra-se dividida em duas grandes partes. Na primeira, tratamos de questoes
relevantes aeerea do ato eriador e de todo 0 seu processo, desde 0 momenta anterior a
escrita. Como se desenha a cenografia do texto e como este se faz palco pelas maos do
poeta - sujeito da enunciayao, para a eneenayao do eorpo em toda a plenitude do ser. 0
Tempo e 0 Espayo da Corporeidade reline elementos ligados ao ser da poesia,
indissociavel do ser do poeta: tempo, espayO e existencia formando uma cadeia transformadora
de urn corpo de linguagem desdobnivel.
A tarefa aqui e de tomar as duas obras poeticas de Gilberto Mendonya Teles ,
Plural de Nuvens e & Cone de Sombras, para fazer uma analise desse corpo de
linguagem e seus desdobramentos. Cabe aqui "penetrar 0 impenetravel momento de
poesia" e tentar ir ao "mais obscuro sonho da linguagem" desse poeta que se faz sempre
dinfunieo e, pela palavra, vai eriando "imagem de outra imagem", atravessando "os
instantes sem tempo" e existindo "em cada coisa, como uma nuvem interdita, uma
beleza sempre desejada": urn corpo.
abordar
Na segunda parte, referindo-se a Corporeidade, propriamente dita, tratamos de
urn tema ate entao pouco explorado em sua poesia, que e a questao da
linguagem tornada eorpo e de urn corpo tactilizante, erotizado, sensual a emergir desse
corpo de linguagem. Primeiro, a analise da linguagem em sua materializac;ao sonora
influenciando a sintaxe, a melodia frasal e a propria criayao e escolha lexical que ira
conformar esse eorpo textual. Em seguida, tratamos do corpo emergente desse eorpo de
linguagem: 0 eorpo feminino evidenciado dentro do corpo de linguagem telesiano, com
todas as suas implicayoes amorosas - sua fragmentayao, seu silencio provocador do
erotismo e da sensualidade.
Nas entrenuvens dos textos ha sombras, mas ha urn cone invertido ( oco,
portanto, feminino, conforme Freud ) a verter 0
"caos da origem / a materia das
nuvens ". a linguagem do eorpo e 0 eorpo de linguagem. "Gota a gota ", 0 passaro do