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Assalto este, conseguido a custa de muita espera e de muita procura, na "tocaia", depois de uma emboscada, apreendida e transformada por urn gesto urn tanto canibal, ou "antropofnigil", como em Inspirac;ao (6), tambem de Plural de Nuvens: "Pega a palavra, pega e come. Niio interessa se algum nome possa te dar indigestiio. " Digerir a palavra no sentido telesiano significa acrescentar-Ihe novos sentidos ou ate mesmo "sem-sentidos". Se algum nome soar indigesto e sinal de que 0 leitor nao entrou em sintonia com 0 processo de 'comedoria' utilizado pelo poeta. Comer e urn ate constante e liberado para ele: come a palavra, come a mulher -palavra, come 0 corpo feminino atraves dos sentidos. Libera 0 corpo de linguagem e nele evidencia 0 seu "alibidinoso" inscrevendo a sua hist6ria de liberdade no corpo da linguagem. A sua melhor palavra e mulher e tudo gira em tome dela, encontravel entre 0 pensar e 0 dizer, bem no meio do espa
corpos e por ela atinge 0 orgasmograma: a escritu-r-ayao do desejo de atingir 0 gozo supremo pelo amor da lingua na qual projeta 0 objeto desejado, em devaneio, em "notas delirantes" de Nuvens: e pode ser pronunciado livremente, como no Soneto 3 (42), de Plural "Talvez te pronuncie por descuido durante a viagem ou no hotel, dormindo. Ou sonhando talvez que sou ou fui do mais intimo instante, do mais lindo" e determinado nas partes que the convem, no Soneto 4 (43), tambem de Plural de Nuvens: "Tudo se cumpre aqui, na pertinencia do texto que te indaga e te dilui, o poesia, limiar de contra-sensos, excesso de paixao no fim da pagina aberta sobre nos efolheada ao sabor dos acasos e memorias. Tudo se cumpre e se esvai na tentativa do que resiste efala como incendio. Nas rugas desta ins6nia, a confidencia do essencial. Na busca do sentido o corpo-a-corpo da palavra. E no dmago de todos os fragmentos, os suportes, a confluencia dos quadris, e os term os da espalhada unidade e precipicio. " E no corpo-a-corpo com a palavra que Gilberto Mendonya Teles desconstr6i 0 seu espayO poetico. Espa
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Apresentação Criar um acervo é r
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INTRODUvAo E bastante significativa
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A analise de Plural de Nuvens e & C
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Pierre Guiraud (1991:42) esta de ac
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"Onde termina a.sombra que come£a,
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Um lcone de sombras e penumbras est
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desempenho diante do leitor. Como n
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"tudo esta mesmo e nos neur6nios, n
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"... a casa semjanelas nem portaser
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oniricamente incompleta, pOlS nao a
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enunciayao alya vao ( mais uma vez
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