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digitais - Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE - PPGL ...

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haver necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 0 poeta utilizar-se dos meios mo<strong>de</strong>mos <strong>de</strong> comunicayao, uma vez<br />

que esta i<strong>de</strong>ntifica s<strong>em</strong>pre 0 hom<strong>em</strong>. Para ele, Gilberto Mendonya Teles<br />

"oferece a sua poesia como um campo <strong>de</strong> trabalho para si e para 0 lei tor, quando cria<br />

uma linguag<strong>em</strong> literaria, recriando palavras e <strong>de</strong>sestruturando-as, construindo a sua<br />

propria ret6rica do silencio, (.) abusa <strong>da</strong> pesquisa lexico-s<strong>em</strong>dntica e <strong>da</strong> sonori<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

assim como dos simbolos e <strong>da</strong>s metaforas - mas alcan9a um dizer poetico rico e<br />

envolvente, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> concep9iio e acabamento, transformando perigosos<br />

;ogos <strong>de</strong> palavras <strong>em</strong> fascinantes jogos <strong>de</strong> comunica9iio. "<br />

Se e possivel perceber<br />

na poetica telesiana todos esses aspectos, isso se <strong>de</strong>ve ao<br />

seu lado <strong>de</strong> pesquisador. Desse modo, compreen<strong>de</strong> 0 potencial expressivo, 0 caniter<br />

poliss<strong>em</strong>ico <strong>de</strong> tais criayoes e as usa para enriquecimento <strong>de</strong> sua poesia. Esse e 0 ponto<br />

que 0 toma tao proximo a Guimaraes Rosa e 0 distancia dos <strong>de</strong>mais <strong>de</strong> 'sua gerayao'.<br />

E<br />

urn escritor preocupado<br />

com as palavras, com 0 que <strong>de</strong>las po<strong>de</strong> ser feito e ter efeito. Ele<br />

busca a palavra exata<br />

e urn jeito novo <strong>de</strong> dize-la.<br />

Maria Apareci<strong>da</strong> Barbosa (1996: 173) segue todo urn mo<strong>de</strong>lo trayado por L.<br />

Guilbert (1974), para discorrer sobre os processos<br />

<strong>de</strong> formayao neologica. Ressalta ain<strong>da</strong><br />

a dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se caracterizar tais processos no discurso litenirio, uma vez que neste<br />

tipo <strong>de</strong> discurso os neologismos se ligam especificamente a uma situayao <strong>de</strong> enunciayao.<br />

Com a criayao <strong>de</strong> palavras, a ten<strong>de</strong>ncia do discurso litenmo e chegar it expansao plena <strong>da</strong><br />

poliss<strong>em</strong>ia, it multissignificayao. 0 que ela chama <strong>de</strong> dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> e pertinente apenas no<br />

sentido <strong>de</strong> que raros sao os textos litenirios que comportam essa inovayao vocabular. 0<br />

discurso litenirio e visto apenas como uma nova dimensao <strong>da</strong> linguag<strong>em</strong>. Entretanto,<br />

al<strong>em</strong> do prazer estetico que produz, ele po<strong>de</strong> ir al<strong>em</strong>, recriando uma nova face para a<br />

palavra comum. Urn trayo <strong>de</strong> peculiari<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> suma importancia conferido ao texto<br />

litenirio<br />

frente aos <strong>de</strong>mais discursos v<strong>em</strong> <strong>de</strong> Dubois,14 para qu<strong>em</strong>

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