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digitais - Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE - PPGL ...

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"0 texto e tamb<strong>em</strong> um objeto e a leitura nao e uma operar;ao puramente<br />

linguistica: qu<strong>em</strong> toma conhecimento <strong>de</strong> um texto, po<strong>de</strong> ser impressionado nao<br />

apenas pela disposir;ao <strong>da</strong>s palavras, mas tamb<strong>em</strong> pelo jormato e a cor dos<br />

caracteres... "<br />

Esse pensamento<br />

aplica-se ao texto telesiano, uma vez que 0 poeta revoluciona<br />

nao so pela disposiyao <strong>da</strong>s palavras. Proce<strong>de</strong> dizer aqui que Gilberto Mendonya Te1es<br />

utiliza-se <strong>de</strong> todos os processos que requer a criayao neologica, <strong>de</strong>senvolvendo-a<br />

principalmente a partir <strong>da</strong> expressivi<strong>da</strong><strong>de</strong> sonora <strong>em</strong> todos os seus <strong>de</strong>sdobramentos. Ele<br />

toma s<strong>em</strong>pre a palavra com urn objetivo claro, como <strong>em</strong> 7 Resmungos (16), <strong>de</strong> Plural<br />

<strong>de</strong> Nuvens:<br />

("Tomar um nome como se par <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong>le se ouvisse um retinir <strong>de</strong> espa<strong>da</strong>s,<br />

e como se par fora ca<strong>da</strong> letra,<br />

ca<strong>da</strong> sam au sinal, ca<strong>da</strong> rabisco<br />

valesse como senha au contra-senha<br />

para te conduzir, te iniciar<br />

na anulac;iio <strong>de</strong> todos os sentidos.) "<br />

Aqui, 0 processo referenciado sera 0 fonologico, por ser 0 mais compativel com<br />

as criayoes <strong>de</strong> Gilberto Mendonya Teles. Sua poesia e nota<strong>da</strong>mente rica <strong>em</strong> sonori<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

ritmo, estabelecidos atraves do uso consciente dos vocabulos. Dentro do processo <strong>de</strong><br />

criayao do neologismo fonologico, Maria Apareci<strong>da</strong> Barbosa( 1996) diz haver dois<br />

gran<strong>de</strong>s grupos, ca<strong>da</strong> urn incluindo as suas especifici<strong>da</strong><strong>de</strong>s. 0 primeiro gran<strong>de</strong> grupo se<br />

refere it criayao neologica propriamente<br />

dita, subdividi<strong>da</strong> <strong>em</strong> criayao ex-nihilo ( <strong>de</strong> maiar<br />

ocorrencia no discurso literario, mais especificamente na poesia dita concreta ) e a<br />

produyao onomatopaica. A primeira referindo-se it criayao <strong>de</strong> urn novo signa nao<br />

<strong>de</strong>corrente <strong>da</strong>s bases lex<strong>em</strong>icas ou mort<strong>em</strong>icas ja existentes, po<strong>de</strong>ndo gerar com isso a<br />

incompreensao do texto; a segun<strong>da</strong> referindo-se it criayao <strong>de</strong> urn signo, cujo som<br />

reproduza 0 mais proximo possivel 0 objeto a que se refere. Com relayao ao primeiro

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