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digitais - Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE - PPGL ...

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se ao cosmos. Ele nao e, contrariando 0 pensamento <strong>de</strong> Bachelard (1996: 165), 0<br />

sonhador diante <strong>da</strong> imag<strong>em</strong> do fogo, <strong>da</strong> terra, <strong>da</strong> agua, do ar. Ele e, simpIesmente, a<br />

conjunyao <strong>de</strong>sses quatro el<strong>em</strong>entos mais a linguag<strong>em</strong>. Sendo 0 proprio cosmos, 0 ser<br />

atinge a plenitu<strong>de</strong> criadora, universalizando, <strong>de</strong>sse modo, a sua obra.<br />

"To<strong>da</strong> a mao que agarra <strong>de</strong>ve primeiro<br />

escolher a sua presa. To<strong>da</strong> a mao que<br />

toca <strong>de</strong>scobre que a superficie e 0 Umiar<br />

<strong>de</strong> uma profun<strong>de</strong>za que permanece<br />

inacessivel. "<br />

( Jean Brun - A Mao e 0 Espirito )<br />

Na meia-luz contrana uma mao trabalha. De to<strong>da</strong>s as formas e <strong>em</strong> to<strong>da</strong>s as<br />

posiyoes. Vai pondo or<strong>de</strong>m ao pensamento, encorpando 0 signo, ex(er)citando a<br />

palavra. Se pensarmos no sentido que a palavra mao tern na poesia te1esianacomo<br />

urn todo, po<strong>de</strong>mos imediatamente nos reportar ao que diz Alfredo Bosi (1972:55):<br />

"Seria urn nunca acabar dizer tudo quanta a mao consegue fazer<br />

quando a pr%ngar e potenciar os instrurnentos que 0 engenho hurnano foi<br />

inventando na contra<strong>da</strong>nr;:a<strong>de</strong> precisoes e <strong>de</strong>sejos. "<br />

"Entre palmas e maos postas ", 0 poeta consegue exibir 0 seu codigo, que, por<br />

mats que 0 preten<strong>da</strong> erotico ( e por isso nomeia a mao esquer<strong>da</strong> - "s<strong>em</strong>pre erotica no<br />

seu t<strong>em</strong>po e viraC;ao''), beira 0 sagrado. Em Plural <strong>de</strong> Nuvens, nas ultimas partes que<br />

compo<strong>em</strong> 0 po<strong>em</strong>a Gera~ao (19), t<strong>em</strong>os a mao <strong>de</strong>tentora do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> criar, mais<br />

proxima, pois, <strong>da</strong> mao divina. Num primeiro momenta 0 poeta come9a apenas

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