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eal, 0 segundo ao corpo simb6lico e 0 terceiro ao corpo de imagens. Conforme Lacan (1988),0 possiveis afetado: corpo e habitado pela linguagem, sendo de todas as maneiras 'jalo com meu corpo, e isso, sem saber. Assim, sempre digo mais do que set'. Por esse motivo, em alguns pontos deste trabalho, 0 pensamento lacaniano se fara presente, em especial na segunda parte que tratara do corpo feminino, fragment ado, como objeto de desejo, como objeto er6tico e servira como reforyo a concepyao tripartite de George Bataille (1988) acerca do erotismo como campo da violayao, da transgressao das normas. Fazer essa analise conjunta das duas obras, reporta-nos a urn trecho de Sophia de Mello Breyner Anderssen ( 1975:233 ), onde a mesma se refere ao poema como sendo "um circulo onde 0 passaro do real fica preso". Mas, que passaro do real Gilberto Mendonya Teles aprisionou? Chegaremos a uma resposta? Junto a tal interrogayao nos ocorre 0 pensamento de Terry Eagleton (1983: 82 ) acerca da Teoria da Recepyao, quando se refere ao leitor como concretizador da obra literaria, na medida em que lhe acrescenta "hipoteses construtivas" sobre 0 seu significado. Ca estamos a tentar, nao s6 acrescentar tais hip6teses, mas abrir uma nova possibilidade de leitura, considerando sempre 0 que se tern escrito sobre 0 autor e sua obra. Ir urn pouco alem, na busca de respostas que venham aumentar a qualidade das ja existentes. Cumpre, portanto, chamarmos a atenyao para 0 fato de que a referenciayao te6rica encontrada no corpo deste trabalho, apesar de ampla, e essencial para confirmar e assegurar reflexoes feitas em torno das obras analisadas, principalmente no que se refere a problemlitica da corporeidade do texto e sua relayao com 0 corpo ai inscrito. Entretanto, em alguns momentos, valemo-nos do direito da livre expressao do pensamento como leitor, em relayao a obra literaria, direito este conferido pela Estetica da Recepyao, para fundamentarmos nosso juizo a respeito do assunto, uma vez que, conforme Jauss (1994:25), "ela e, antes, como umapartitura voltada para a
essonancia sempre renovada da leitura, libertandoo texto· da materia das palavras e conferindo-Ihe existencia atual. "
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