A UTOPIA E A FORMAÇÃO URBANA DE PENEDO - UFRJ
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Figura 51 - Casa na Fazendinha, [193-].<br />
Fonte: Álbum Tuulikki Tikkinen Arany<br />
onde foram levadas, quando foi possível. Usko Lindgren era o<br />
responsável pelo serviço, e também fazia licor de morango,<br />
apesar da proibição de álcool na colônia. A marca da geléia se<br />
chamava Deliciosa, mas após algum tempo, com a continuação<br />
dos conflitos em São Paulo, houve escassez de produtos como o<br />
açúcar, e não se pode mais fazer as geléias (HILDÉN, 1989).<br />
As vendas eram de responsabilidade de um holandês, Van<br />
der Bilt, e que, segundo Valtonen (1998), sumiu com o dinheiro<br />
das vendas. Assim acabou o negócio dos morangos naquele<br />
período, mas serviu para mostrar um caminho para os moradores<br />
da colônia, sendo o início de uma das atividades que seriam<br />
promissoras no futuro, a produção de geléias, licores e doces<br />
caseiros. Essas atividades foram importantes para a implantação<br />
da atividade turística de Penedo até os dias de hoje.<br />
Além das plantações, os trabalhos iniciais da colônia eram<br />
bastante voltados para a implantação da infra-estrutura básica,<br />
como a abertura de uma estrada para automóveis, a construção<br />
de pontes, e as atividades produtivas. No meio da horta passava<br />
a estrada de doze metros de largura, que iria numa linha reta até<br />
a estação de trem, atravessando o rio diversas vezes. Valtonen<br />
(1998) diz que essa idéia de uma reta que seria o grande eixo da<br />
fazenda era de Uuskallio.<br />
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