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A UTOPIA E A FORMAÇÃO URBANA DE PENEDO - UFRJ

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movimentos cristãos no verão de 1925, em que também<br />

participavam Jalkio e Skutnabbin.<br />

Além de ser pastor, Pennanen atuava como editor do<br />

principal canal de propaganda desse grupo, o jornal Työkansa,<br />

publicado pela Associação Cristã de Operários, movimento<br />

socialista cristão de Tampere, interior da Finlândia, entre os anos<br />

de 1924 e 1930 (VALTONEN, 1998; MELKAS, 1999). Ele<br />

conseguiu obter boa divulgação nos jornais durante o ano da<br />

fundação, 1929, pois mantinha uma coluna semanal no jornal,<br />

que tinha como leitores e assinantes muitos amigos e<br />

simpatizantes da causa de Uuskallio. Seu trabalho enfatizava não<br />

somente os aspectos ideológicos, mas também as vantagens<br />

econômicas que se vislumbravam na nova colônia.<br />

Pennanen tentou diversas fontes de financiamento, junto à<br />

Igreja, governo finlandês e bancos, sem sucesso. A melhor<br />

alternativa foi a criação de uma campanha dedicada a<br />

arrecadação junto aos interessados, de maneira individual, com a<br />

venda de bônus. Dessa maneira se daria aos participantes ações<br />

do negócio, à semelhança da extinta Sociedade Paradiso. Tendo<br />

sua base estabelecida principalmente em torno dos Sanatórios de<br />

Kirvu e de Suoniemi, com pessoas ligadas a eles e ao movimento<br />

vegetariano, as pessoas que haviam criado a Sociedade Paradiso<br />

auxiliaram de maneira decisiva o projeto. Esse grupo gerenciava<br />

as campanhas financeiras e de propaganda, tanto para angariar<br />

fundos que viabilizassem a compra da fazenda quanto e sua<br />

manutenção durante certo período, como também para indicar<br />

candidatos que quisessem se aventurar no novo mundo.<br />

Pennanen (apud MELKAS, 1999) cita a participação de 200<br />

pessoas financiando o empreendimento.<br />

Como integrante dessa organização Pennanen (1929) fala<br />

do grupo como um movimento que tinha a preocupação de<br />

divulgar as idéias de Uuskallio, informar a respeito de Penedo, e<br />

que eram pessoas muito conceituadas na sociedade, sendo suas<br />

opiniões importantes para todos os que seguiram o projeto e<br />

foram aceitos para ir para a colônia. Faziam parte do grupo<br />

Maalin Bergström, chefe do escritório e Adolf Welsenburg, de<br />

Kirvu, o relojoeiro Toivo E. Louhimo, de Viipuri, o jardineiro Matti<br />

Mikkonen, de Leinijärvi, o irmão de Toivo Uuskallio, Niilo<br />

Uuskallio, de Antrea, o diretor Kalle Vilgren, de Lahti, Siiri<br />

Mannienen e o professor Jalmari Kauppala, de Helsinki, o<br />

professor August Kuusisto, de Turku, o agricultor Alfred Lalla, e o<br />

professor I.A.Lalla, de Laitila, o ourives Väinö Nurmi e o ferroviário<br />

Eino Valtonen, de Pori, a diretora Rauha Lukkala, de Suoniemi, o<br />

síndico Heikki Vartiainen, de Tampere, e o pastor H.D. Pennanen<br />

e esposa, de Ourivesi (PENNANEN, 1929). Muitos deles<br />

chegaram a ir a Penedo, mas não se estabeleceram lá, com<br />

exceção de Bergström e sua filha, por algum tempo, e o filho de<br />

Eino Valtonen, Niilo Valtonen, por toda a vida. Outros estiveram<br />

na colônia, como Kuusisto, Nurmi com a família, Lalla e família,<br />

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