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IX Congresso (2011) - UniCEUB

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O ENVELHECIMENTO:<br />

UMA VISÃO PSICANALÍTICA<br />

Autora: Denise Pereira Alves de Sena<br />

dd.sena@hotmail.com<br />

Co-autora :Morgana Queiroz<br />

morganaaq@yahoo.com.br<br />

Curso Pós-graduação Lato Sensu ICPD/<strong>UniCEUB</strong><br />

Teoria Psicanalítica<br />

Em 2025 o Brasil será, projetivamente, o sexto país do mundo com a maior porcentagem de velhos: cerca de 32 milhões. A<br />

psicologia e a psicanálise ainda não despertaram para estudos mais aprofundados desta fase da vida. A psicologia ocupa-se das doenças<br />

degenerativas e mentais. A psicanálise, desde Freud até os pós freudianos, esqueceu a velhice. Este estudo monográfico propõe como<br />

objetivo geral, a construção da possível relação existente entre narcisismo e envelhecimento. Na busca de tal construção, os objetivos<br />

específicos eleitos foram: relacionar o conceito de Narcisismo e Complexo de Édipo com o envelhecimento, compreender a relação entre<br />

a depressão na terceira idade e o Narcisismo e contribuir para a compreensão desta fase da vida. A metodologia utilizada foi à pesquisa<br />

bibliográfica, com fundamentação teórica nos conceitos psicanalíticos freudianos. O estudo divide-se em três capítulos, a saber: 1)“O velho<br />

na sociedade”: breve levantamento histórico do papel ocupado pelo velho na sociedade, sábio e estorvo, além de discorrer sobre a velhice<br />

produtiva de Sigmund Freud. 2) “Conceitos psicanalíticos”: define e relaciona dois temas centrais da constituição do eu, relacionando-os<br />

com o processo do envelhecimento: Narcisismo e Complexo de Édipo. Salientando-se a importância do amor materno na constituição inicial,<br />

eleição objetal e necessária castração para entrada no mundo real. E 3) “Envelhecimento e depressão”: sendo a depressão apontada como<br />

uma das possibilidades para o eu no envelhecimento. Neste capítulo os dois lugares possíveis para o ego são apresentados: a integridade do<br />

ego, por meio da sabedoria, produção e transmissão de conhecimento e o colapso narcisista refletido na depressão neurótica ou psicótica.<br />

Esta pesquisa evidencia a relevância do processo analítico para idosos: não apenas no sentido de favorecer a necessária adaptação a esta<br />

fase, mas, principalmente, resignificar a história de vida, na busca da convivência harmônica com o corpo, a subjetividade e o social. A única<br />

condição estabelecida por Freud para realização da analise foi a livre associação, totalmente possível em idosos lúcidos. Como a finitude<br />

humana se mostra evidente após os 60 anos, todo o funcionamento do ego é alterado, fato que fundamenta a diferença entre a análise de<br />

adultos e idosos. Ao analista cabe à escuta atenta das perdas, dores e lutos por mais assustador que possa parecer. Atender um idoso pode<br />

despertar os fantasmas do analista que se depara com o espelho da finitude. A velhice produtiva de Freud evidencia sua incansável busca<br />

pela integridade do ego, caminho percorrido por idosos sábios. E a depressão mostra-se como saída para o ego do idoso estorvo. É mister<br />

ressaltar que a depressão pode não configurar no modelo clássico de embotamento e silêncio, e sim mostrar-se “maquiada” no esquecimento<br />

do remédio, da dieta, no não comparecimento às consultas medicas, uso de álcool e drogas, ou seja, na atitude violenta contra o próprio<br />

ego, em um tipo de suicídio “homeopático”. Este estudo é apenas o inicio de uma investigação da possível atuação psicanalítica com idosos.<br />

Palavras-chave: psicanálise; velhice; depressão.<br />

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