IX Congresso (2011) - UniCEUB
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A INTERNACIONALIZAÇÃO DO DIREITO À SAÚDE:<br />
POSSIBILIDADES DE UMA REALIDADE JURÍDICA ORDENADA<br />
EM MEIO À FRAGMENTAÇÃO DO DIREITO INTERNACIONAL<br />
Luís Felipe Bicalho<br />
luisbicalhobsb@gmail.com<br />
<strong>UniCEUB</strong> – ICPD<br />
Programa de Mestrado e Doutorado em Direito<br />
O trabalho faz parte das discussões do Grupo de Pesquisa de Internacionalização do Direito, vinculado ao Programa de Mestrado<br />
do <strong>UniCEUB</strong>, de que surgiu a possibilidade de estudar o tema “Mecanismos de implementação e efetividade das decisões dos Tribunais<br />
Internacionais”, o que já havia sido iniciado por meio do Programa de Iniciação Científica em 2009 e da monografia sobre o “Acesso à<br />
saúde no âmbito da Corte Interamericana de Direitos Humanos”. As conclusões da monografia subsidiam a proposta do mestrado. Assim,<br />
a hipótese contestável que ora se apresenta como objeto de estudo consubstancia-se na análise da conexão entre os discursos jurídicos da<br />
Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e do Supremo Tribunal Federal (STF), quanto à percepção do direito à saúde. Descortinamse<br />
outras questões relevantes ao tema: a construção jurisprudencial da CIDH e do STF em aspectos concernentes ao direito à saúde; o<br />
conceito e a efetividade normativa do direito à saúde; a função e a responsabilidade do Estado na prestação da saúde pública; o direito dos<br />
pacientes; a responsabilidade profissional ocasionada por erro médico. O estudo busca apresentar a realidade jurídica internacional em que<br />
se insere o direito à saúde, no âmbito do sistema interamericano de proteção dos direitos do homem. Por meio desse recorte metodológico,<br />
verificam-se as diferentes experiências dos tribunais CIDH e STF. Mediante o método empírico-dedutivo, vislumbram-se as incongruências,<br />
e apresenta-se a possibilidade de otimização do sistema regional e a construção de uma realidade ordenada em meio à fragmentação do<br />
Direito Internacional, inserindo, nesse amálgama, o entendimento do excelso Tribunal. O desenvolvimento da pesquisa traça um esboço<br />
estrutural da CIDH, sem, contudo, olvidar-se de apresentar a realidade jurídica, destacando-se a influência da globalização na construção<br />
das instituições jurídicas modernas e o quadro de fragmentação jurisdicional vivenciada. Assim, evidenciam-se as divergências de discursos<br />
jurisprudenciais entre as Cortes Nacionais e as Internacionais. Nesse sentido, destaca-se a dificuldade na subsunção dos fatos ao corpo<br />
normativo, o que impede uma construção jurídica direcionada e, como efeito da divergência de entendimento entre a realidade regional e<br />
nacional, conceitua-se o direito de modo distinto, e apresentam-se mecanismos de proteção disformes um do outro. O intento é encontrar<br />
uma lógica empiricamente aplicável e efetiva, extraída da realidade inter-regional do sistema interamericano e da realidade estritamente<br />
nacional, advinda do entendimento do Supremo tribunal Federal.<br />
Palavras-chave: Direito Internacional; Direito à saúde; Corte Interamericana de Direitos Humanos e Supremo Tribunal Federal.<br />
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