IX Congresso (2011) - UniCEUB

EDUCAÇÃO E CULTURA NO BRASIL COLONIAL
Deusdedith Junior
deusdedith.junior@uniceub.br
Restrita aos filhos de colonos e aos índios, deixando de fora a grande massa da população colonial, sobretudo mulheres, e
tendo a exclusividade de religiosos na sua realização, a educação foi, no período colonial brasileiro, um instrumento de poder tanto de
encaminhamento de parte da elite econômica que enviava seus filhos para a formação futura em Portugal quanto da catequização de índios
que eram trazidos como subalternos para o projeto civilizador cristão. Colégios, pedagogos, métodos de ensino e currículos contrastavam
com o projeto colonizador, que não incluía o letramento e a formação intelectual, que limitava as publicações e a literatura autorizada pelo
Estado e que impunha intensa censura religiosa e política. Sem livros e sem leitores, mas com a concorrência de três línguas, o português,
o latim e a língua geral, jesuítas, principalmente, em primeiro momento, e leigos financiados pelo Estado após a expulsão dos jesuítas
durante a administração pombalina construíram um sentido da educação desse período e estabeleceram o público a que se dirigia, voltado
para a formação preliminar da futura vida acadêmica dos filhos das elites locais ou para o processo civilizador que incluía, principalmente,
os índios, mas que, também, atingia crianças negras e bastardas nas áreas urbanas. Assim, o minicurso visa discutir evidências consagradas
na história da educação do período colonial brasileiro, cotejando-as com documentos históricos que remetem ao processo de educação nas
suas relações com o Estado. Por meio de aulas expositivas, apresentam-se e criticam-se paradigmas da história colonial relacionados com o
ensino e a educação, buscando fundamentar, em documentos, a crítica aos modelos propostos.
Palavras-chave: educação; Brasil colonial; documentos.
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