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IX Congresso (2011) - UniCEUB

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GESTÃO AMBIENTAL NO UNICEUB<br />

ERRADICAÇÃO DO ÓLEO CULINÁRIO<br />

Renata Innecco Bittencourt de Carvalho<br />

Carlos.alberto@uniceub.br<br />

Aluna voluntária<br />

Juliana Alves Missiagia<br />

Vários agentes poluidores causam preocupação, pois são utilizados rotineiramente, como o óleo vegetal amplamente empregado<br />

na culinária e que tem alto potencial contaminante de água e solo. O óleo vegetal pode ser de milho, canola, soja, mamona ou girassol, que,<br />

utilizado repetidamente em frituras por imersão, sofre rápida modificação de suas características físicas e químicas pela alta temperatura<br />

do processo, tornando-se escuro, viscoso, com acidez aumentada, odor desagradável, além de ser nocivo à saúde. Não havendo utilização<br />

prática para os residuais domésticos e comerciais, em geral, são lançados na rede de esgotos. Em função de imiscibilidade do óleo com a<br />

água e sua inferior densidade, há tendência à formação de películas oleosas na superfície, o que dificulta a troca de gases da água com a<br />

atmosfera, ocasionando diminuição gradual das concentrações de oxigênio, resultando em morte de peixes e outras criaturas dependentes<br />

de tal elemento. Em rios, lagos e mares, o óleo deprecia a qualidade das águas, e sua temperatura sob o sol pode chegar a 60ºC, matando<br />

animais e vegetais microscópicos. Desta maneira, cria-se uma barreira que impede a troca de gases e a entrada de luz, matando algas<br />

e peixes e gerando um ambiente ocupado por microorganismos anaeróbicos. No solo, o óleo impermeabiliza as partículas, impedindo<br />

a infiltração da água e a aeração, fundamentais para sua qualidade, além de favorecer enchentes pela impermeabilização do solo. No<br />

ambiente com baixa concentração de oxigênio, pode haver transformação dos óleos em gás metano, contribuindo para o aquecimento<br />

global. Quando jogado na tubulação sanitária de esgoto pluvial, o óleo mistura-se com a matéria orgânica, formando uma placa rígida,<br />

ocasionando entupimentos em caixas de gordura, causando mau cheiro e comprometendo o sistema. Lançado diretamente em bocasde-lobo,<br />

o óleo provoca obstruções, retendo resíduos sólidos. Para desobstrução, faz-se uso de produtos químicos corrosivos tóxicos ao<br />

ambiente. Em alguns casos, os entupimentos na rede de esgotos podem ocasionar pressões que conduzem à infiltração do esgoto no solo,<br />

poluindo o lençol freático ou ocasionando refluxo à superfície. Quando ingresso aos sistemas municipais de tratamento de esgotos, o óleo<br />

dificulta e encarece o tratamento em até 45 %. Em 05 de maio de 2008, o governador do Distrito Federal sancionou a Lei nº 4.134, que<br />

dispõe sobre coleta, transporte e destinação final de óleos utilizados na fritura de alimentos no Distrito Federal e dá outras providências.<br />

O <strong>UniCEUB</strong> tem, em seu campus, quatro estabelecimentos comerciais que utilizam óleo de cozinha no preparo de alimentos, sendo a<br />

instituição responsável pelo adequado descarte dos resíduos provenientes da utilização desse insumo. Torna-se imprescindível esclarecer<br />

a comunidade interna e impedir o descarte inadequado do óleo vegetal, reorganizando os procedimentos de acordo com a legislação<br />

vigente e permitindo a certificação ISO 14.001:2004. Após a aprovação do projeto pelo Comitê de Ética do <strong>UniCEUB</strong>, foram realizadas<br />

entrevistas, utilizando-se questionários semiestruturados, preenchidos após o esclarecimento sobre o objetivo da pesquisa e a assinatura<br />

do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) pelo entrevistado. Foram identificados quatro estabelecimentos no campus que<br />

utilizam óleo culinário, totalizando 140 litros por mês; um único estabelecimento é responsável pela utilização de 80 litros por mês. 100%<br />

dos entrevistados utilizam óleo para a fritura; três estabelecimentos indicaram preferência por óleo de soja e um por óleo de girassol. Três<br />

estabelecimentos adquirem o produto em embalagens plásticas de 900 ml, e um, em lata de alumínio de 18 litros. Todos os entrevistados<br />

estocam o óleo em despensa própria, antes de utilizá-lo; dois estabelecimentos têm sistema de entrega do produto, e dois têm o transporte<br />

feito por funcionário próprio. Três estabelecimentos estocam o óleo em garrafas plásticas do tipo pet após o uso, dois estabelecimentos<br />

utilizam garrafas de dois litros, e um utiliza galão de cinco litros. 75% dos entrevistados admitem jogar o óleo utilizado no lixo comum, e<br />

o estabelecimento que indicou entrega em ponto de coleta não sabe definir qual ou onde. Daqueles que afirmam descartar o óleo no lixo<br />

comum, dois indicam que o funcionário o leva até o contêiner mais próximo, e um não definiu o local de descarte. Quanto à frequência<br />

de descarte, um estabelecimento informou descarte trimestral, um semanal, um a cada 3 dias, e um realiza descarte diário. Todos os<br />

estabelecimentos declaram orientar os funcionários em relação à higiene e à forma correta de armazenamento e manuseio dos alimentos;<br />

dois estabelecimentos indicaram a presença de sete funcionários relacionados ao processo de manuseio e descarte do óleo; um possui<br />

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