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Ler texto - Escola de Arquitetura - UFMG

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iluminação pública, até a criação <strong>de</strong> novos e correção <strong>de</strong> antigos hábitos da população. Nessas<br />

medidas tiveram participação, cada um em seu <strong>de</strong>vido tempo, as instâncias <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r estadual<br />

e municipal.<br />

Enquanto as críticas à cida<strong>de</strong> iam se acirrando, várias medidas <strong>de</strong> melhoramentos<br />

eram projetadas, mas poucas saiam do papel. A dificulda<strong>de</strong> financeira enfrentada pela<br />

província e por Ouro Preto impossibilitava a execução <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s obras. Para melhorar a<br />

situação das finanças públicas, a instância municipal promulgaria vários impostos e cobraria<br />

maior eficiência no cumprimento dos <strong>de</strong>veres dos fiscais. Essa medida tinha a função <strong>de</strong><br />

aumentar a arrecadação dos impostos, obrigar as pessoas a adquirirem novos hábitos e as<br />

forçarem a executar obras em suas casas. Quando a situação, no final <strong>de</strong> 1891, estava ficando<br />

insustentável e o município não conseguia promover as reformas que a cida<strong>de</strong> necessitava,<br />

dois empréstimos foram contraídos somando trezentos contos <strong>de</strong> réis. Com dinheiro em caixa<br />

seria viável a execução <strong>de</strong> obras na região do ramal ferroviário, e não apenas obras <strong>de</strong><br />

manutenção <strong>de</strong> calçamento e da tubulação <strong>de</strong> água e esgoto.<br />

As obras <strong>de</strong> melhoramentos beneficiariam uns e prejudicariam outros. Algumas<br />

pessoas aproveitariam para construir suas casas nos locais que passavam por melhorias; outras<br />

per<strong>de</strong>riam parte <strong>de</strong> seus terrenos para o alargamento da rua ou a construção <strong>de</strong> uma calçada;<br />

outras ainda aproveitariam as <strong>de</strong>sapropriações para ven<strong>de</strong>r seus terrenos ou parte <strong>de</strong>les por um<br />

preço exorbitante; e outras per<strong>de</strong>riam os espaços que possuíam para o cultivo <strong>de</strong> suas hortas e<br />

criação <strong>de</strong> animais.<br />

Mesmo com todos os melhoramentos promovidos, Ouro Preto <strong>de</strong>ixaria <strong>de</strong> ser a<br />

capital <strong>de</strong> Minas Gerais. Fonseca afirma que existia uma esperança <strong>de</strong> que a mudança não se<br />

efetuaria <strong>de</strong>vido a uma cláusula que previa um tempo acreditado muito pequeno para a<br />

construção <strong>de</strong> Belo Horizonte, e, se Ouro Preto fosse melhorada, po<strong>de</strong>ria mudar a opinião dos<br />

partidários da mudança. 330 Mas a construção da nova capital foi terminada <strong>de</strong>ntro do prazo, e<br />

em 1897 o mesmo trem que po<strong>de</strong>ria fazer com que Ouro Preto continuasse a ser a capital <strong>de</strong><br />

Minas Gerais transportaria o governo do estado para Belo Horizonte.<br />

330 FONSECA, J. F. <strong>de</strong> M. op. cit.

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