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Ler texto - Escola de Arquitetura - UFMG

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150<br />

eficiência do sistema <strong>de</strong> iluminação conferida pelo jornal, ele recomendava “às pessoas que<br />

queiram fazer a iluminação em suas habitações”, garantindo a “fixi<strong>de</strong>z e brilho <strong>de</strong> luz, asseio,<br />

conforto e preço módico.” 395<br />

Interessados na hospedagem dos passageiros ouropretanos que fossem, a viagem para<br />

o Rio <strong>de</strong> Janeiro, o Hotel da Estação fazia anúncios nos jornais. Para facilitar a vida dos<br />

viajantes ouropretanos e aumentar a sua comodida<strong>de</strong>, o hotel ficava a “oitenta e cinco passos<br />

da plataforma <strong>de</strong> embarque”, na rua do General Pedra, 21, “em frente ao portão da bagagem”.<br />

O “magnífico hotel” possuía todos os seus cômodos com ótimas condições <strong>de</strong> higiene e o<br />

“mais esmerado asseio”, estando aos cuidados <strong>de</strong> uma senhora que com a “mais zelosa<br />

moralida<strong>de</strong>”, muita experiência com o negócio e a “mais apurada educação” cuidava da boa<br />

conservação do local. O hotel era tão asseado que, durante a última epi<strong>de</strong>mia que assolou o<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro nenhum <strong>de</strong> seus hóspe<strong>de</strong>s contraiu doenças. Devido a todas essas qualida<strong>de</strong>s<br />

era o “lugar mais procurado pelos habitantes do interior”. Os preços eram acessíveis aos<br />

viajantes, não ultrapassando quatro mil réis a diária, incluindo as refeições e, caso o hóspe<strong>de</strong><br />

não as utilizasse, teria um abatimento <strong>de</strong> trinta por cento no valor pago. 396<br />

Após uma boa noite <strong>de</strong> sono, os ouropretanos po<strong>de</strong>riam se lembrar dos anúncios em<br />

forma <strong>de</strong> poema da alfaiataria Ao Balisa <strong>de</strong> Freire e Andra<strong>de</strong> & Irmão e passar para<br />

encomendar uma roupa sobre medida, na “mais acreditada na Capital pela boa execução que<br />

sempre dá às roupas manufaturadas em suas oficinas que são compostas <strong>de</strong> hábeis<br />

profissionais e ainda sujeitas à direção dos contramestres.” Para acompanhar toda essa<br />

competência em alfaiataria, a casa primava pela “gran<strong>de</strong> e variada escolha <strong>de</strong> tecidos das<br />

principais fábricas da Europa”. Os tecidos eram importados diretamente pela loja “sempre <strong>de</strong><br />

acordo com os últimos figurinos” vigentes na Europa. 397<br />

As pessoas que trabalhavam com a venda e confecção <strong>de</strong> roupas, como a “modista e<br />

costureira” Peneloppe Ricci ou Claudionor Quites dono do armazém Ao Barateiro, po<strong>de</strong>riam<br />

comprar os manequins da “única casa dos Estados Unidos do Brasil” para exporem seus<br />

produtos nos seus estabelecimentos. A Fábrica <strong>de</strong> Manequins havia sido premiada com o<br />

diploma <strong>de</strong> menção honrosa na Exposição Universal <strong>de</strong> Paris. Tendo manequins para senhoras<br />

e bustos para homens, possuindo um “gran<strong>de</strong> sortimento <strong>de</strong> corpos inteiros para meninos e<br />

para homens”, além das respectivas cabeças. 398 Ricci po<strong>de</strong>ria comprar um busto para a<br />

395 I<strong>de</strong>m.<br />

396 HPEMG – O Jornal <strong>de</strong> Minas, Ouro Preto, ano XIII, n° 100, quarta-feira, 07 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1890, microfilme<br />

064.<br />

397 APMOP – O Estado <strong>de</strong> Minas, Ouro Preto, Ano II, nº 114, 20 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1890.<br />

398 I<strong>de</strong>m.

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