CaracterÃsticas da CarcaÃ§a de Caprinos das RaÃ§as ... - CCA/UFPb

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RESULTADOS E DISCUSSÃO Composição centesimal Valores médios e coeficiente de variação da composição centesimal estão apresentados na Tabela 2. Não foi observada influencia (P>0,05) da interação raça x dieta sobre todas as variáveis analisadas neste estudo. O teor de energia na dieta não apresentou nenhum efeito significativo (P>0,05) na composição centesimal da carne caprina. A dieta contendo 2,20 Mcal/kg.MS apresentou resultados semelhantes aos animais que consumiram um maior valor energético. A umidade na composição da carne é muito importante, pois a sua presença influencia no sabor, suculência e maciez da carne. Na presente pesquisa raça influenciou significativamente (P0,05) para o efeito da raça nem para a dieta. Os animais da raça Moxotó apresentaram 22,57% e os da raça Canindé 22,12%, para o valor médio de proteína. Estes resultados concordam com os encontrados na literatura. Madruga et al.( 2008) estudando as mesmas raças citaram para proteína os seguintes valores: Moxotó 21,4% e para a raça Canindé 22,1%. Dias et al. (2008) estudando a raça Anglo-nubiana, encontraram resultados inferiores ao deste trabalho (18,7%). Os resultados deste trabalho condiz com os apresentados por Arruda (2003), que em revisão de literatura sobre carne caprina, reporta valores 20,74% para proteína. Segundo Madruga et al. (1999) a quantidade de proteína presente na carne caprina é influenciada pela idade do animal, em que animais mais velhos apresentam
uma maior quantidade de proteína na sua composição. Tovar-Luna et al.(2007) tambem afirmaram que animais mais pesados, apresentam na composição de sua carne um teor de proteína maior que animais mais leves. Tabela 2. Médias da composição centesimal e coeficiente de variação de caprinos nativos criados em sistema de confinamento alimentados com dois níveis de energia Dieta Variáveis CV Raças (Mcal/kg.MS) (%) (%) Moxotó Canindé 2,71 2,20 Umidade 75,50a 73,87b 74,32 75,05 2,12 Proteína 22,57 22,12 22,16 22,53 4,75 Lipídeos 3,51 4,14 4,17 3,48 38,84 Cinzas 1,03 0,98 1,02 0,99 7,38 Médias seguidas de letras diferentes nas linhas diferem pelo teste F a 5% de probabilidade. Letras minúsculas refere-se a raças e letras maiúsculas refere-se a dieta A concentração média de lipídeos foi 3,51% para a raça Moxotó e 4,14% para a Canindé. Não sendo influenciada significativamente (P>0,05) esta variável. Madruga et al. (2008) estudando as mesmas raças encontraram resultados inferiores ao deste trabalho, para a raça Moxotó 2,8% e para a Canindé 2,7%. O teor de lipídeos é importante estar presente na composição da carne, pois, sua presença interfere diretamente na suculência, maciez e sabor da carne. Madruga et al., 1999 afirmaram que a idade influenciou no teor de gordura, animais mais jovens apresentaram menos gordura na sua composição muscular, os nutrientes ingeridos por estes animais são convertidos em na formação da sua estrutura física (formação de ossos e tecidos). Como neste estudo os animais eram de idades aproximadas isto possivelmente justifica o fato de não ter acontecido efeito significativo para o teor de lipídeos quando o fator estudado foi a raça. Outro fator que influencia diretamente na quantidade de lipídeos na carne é a alimentação que estes animais receberam, pois toda a energia em excesso consumida é convertida em tecido de reserva. Os valores médios apresentados neste estudo para cinzas demonstra não haver efeito significativo (P>0,05), entre as raças com teores de 1,03% para a Moxotó e os da raça Canindé 0,98%. Estes resultados condizem com os encontrados na literatura. Madruga et al. (2008) estudando as mesmas raças encontraram resultados semelhantes
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