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perguntas e viagens, o que caracteriza um livro descontextualizado? Na verdade, embora nãotenhamos um projeto de nação brasileira; temos livros considerados “livros nacionais”. Comosão nacionais se não temos um projeto de nação?O conhecimento é produzido de forma descontextualizada? Na década de 30, num congressointernacional de História das ciências em Londres; pela primeira vez os físicos soviéticos saíramda União Soviética para participar de um evento internacional... Esse congresso foi um marcopara se provocar uma reflexão sobre as raízes econômicas do trabalho do Isaac Newton. Ele eraextremamente interessado pelas questões econômicas. Foi, inclusive, ministro da fazenda eganhou um prêmio por conta da sua eficiência. Ora, quando falamos e discutimos umaeducação contextualizada para a convivência com o Semiárido, estamos imprimindo a estacontextualização uma forma de ser que atenda a determinadas condições a partir do lugaronde vivemos.A contextualização exige que os meninos e as meninas comecem a enxergar o mundo a partirdo seu lugar e é esta construção do conhecimento sobre o mundo; a partir das circunstânciasimediatas, do seu cotidiano. É este aspecto que consideramos que os livros didáticos negam. Aeducação contextualizada não tem apenas o aspecto metodológico, ela transcende as práticasescolares e assume um caráter político de transformação social. Construiu-se uma imagem doSemiárido brasileiro que, de fato, não existe e que está à serviço das elites deste país. Nestalinha, os materiais didáticos assumem uma parcela importante neste processo. Eles são umaspecto importante do processo. Quem define os conteúdos a serem aprendidos, os valores aserem trabalhados? Nós, enquanto professores, temos um problema sério. Conhecemos tudoisso, mas não estamos dando conta de dar aula. Vamos para a universidade e aprendemosmuita coisa, estudamos bastante e devemos mesmo estudar, mas não conseguimos articulartudo isso na prática. Na escola fazemos o seguinte: pegamos um livro e fazemos dele o nossoplanejamento, nosso projeto pedagógico e muitas vezes a escola não o tem.Em que pese os esforços dos pesquisadores, das editoras, do Ministério da Educação, temosmuitos livros ruins. Temos livros bons, muito bons, mas a maioria destes não é escolhida.Tem um pesquisador de livro didático, o Gaspar, que diz que nós inventamos coisas e ascolocamos no livro de ciências e que não existem nas ciências. Por exemplo: propriedades damatéria. Isto não existe nas ciências, ou seja, a transposição didática está ao bel prazer daseditoras.Seminário Nacional sobre Educação Contextualizada para Convivência com o Semiárido Brasileiro – Relatório 35

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