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ANO XLV - VITÓRIA-ES, QUARTA-FEIRA, 13 DE JULHO DE 2011 ...

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Vitória-<strong>ES</strong>, quarta-feira, <strong>13</strong> de julho de <strong>2011</strong> Diário do Poder Legislativo - 3306A pergunta é: e se melhorar, melhora asaúde? Essa é a pergunta central. Esse tipo de estudomostra isso. Mostra que a mortalidade por doençasnaturais caiu logo depois do banimento. A doençacardiovascular e respiratória caiu e não respiratório enão cardiovascular não aconteceu nada. Para cada libraque se investiu para substituir a matriz se ganhou oitoem Saúde, nos dois anos seguintes. É um bom negócio,porque todo mundo sabe o preço de mudar, ninguémsabe o preço de manter como está. Assim foi para odiesel limpo, que não foi adiado e uma série de outrascoisas, onde todo mundo discutiu o preço de sulforizar odiesel, se vai provocar mortes, como aconteceu nocaso do diesel: catorze mil pessoas ou mais até 2040,isso é chamado de externalidade e chamamos de doençae de sofrimento. O Estado de São Paulo fez issotambém, melhorou a poluição.Em 1995 começou a ter a substituição da frotapor carro com catalisador e ignição eletrônica. 2005para frente não colocamos para não passar vergonha,porque estabilizou e a poluição está voltando para trás.Nesse período a taxa ajustada de mortalidade pordoença cardiorrespiratória caiu, reduziu quinze porcento a mortalidade para cada dez microgramas departículas. Nesse período em dez anos foi evitada amortalidade precoce de quinze mil pessoas.Não teve nenhum programa de Saúde quetivesse esse impacto, nem vacinação de idoso, nemmelhoria da tensão primária, nada se comparou. Secolocar o custo disso se economizou em termo de saldoem torno de um bilhão e oitocentos milhões de dólares.É um preço muito menor que é o custo de colocar amelhoria tecnológica no veiculo. Por isso não sejustifica que um caminhão polua no Brasil dez vezesmais do que na Europa. Um carro nosso polui mais,chamo isso de racismo ambiental. A mesma empresaage diferente dependendo do lugar em que está.Isso aqui é o estudo ainda das medidas quefizemos e também porque a rede do Município deVitória é uma das melhores do Brasil. O Brasil tempoucas redes funcionando bem, e Vitória é uma delas.Em termos de PM 10 a média anual do Município deVitória está em torno de vinte e cinco microgramaspor metro cúbico. Pela Organização Mundial de Saúde,a média anual é de cinquenta. Ela passa por cima. OMunicípio de Vila Velha está mais ou menos; noMunicípio de Cariacica temos problemas; e a média daGrande Vitória é de vinte e oito microgramas pormetros cúbicos de PM 10. Tem um problema depoluição no Município de Vitória? Tem, mas nãodiferente da média das capitais brasileiras. Isso équestão importante de ser colocada.Tem coisa para fazer? Tem. Em particular comrelação à suspensão, em sedimentação de partículas demaior tamanho por atrito; e resolver o problema detrânsito, que é crescente. Esses dados possivelmentenão traduzem a situação do Município de Vitória, hoje,já está um pouco velho, três a quatro anos de idade etambém não acompanha expansões advindas doprocesso produtivo. Mas olhando esse diagnóstico oMunicípio de Vitória está ganhando uma situaçãoparecida com a dos Municípios de Porto Alegre ou deBelo Horizonte. Essa é a variação sazonal da poluiçãono Município de Vitória. E o que acontece?Considerando a média da poluição do ar noMunicípio existe um efeito que calculamos na GrandeVitória em torno de dez por cento das internações pordoenças respiratórias sejam de oito a dez por centoatribuídas à poluição do ar da Cidade de Vitória. Não éo maior problema de Saúde Pública, mas tem tamanhosuficiente para aparecer na fotografia.Isso considerando a média da cidade; porque épossível, como mostrei, que essa média não sejahomogênea. Estou tratando a cidade como um todo.Deve ter lugares piores e deve ter lugares melhores;dependerá da proximidade do tráfego, da proximidadedas pontes fixas e da vulnerabilidade da população. Emidoso, mais ou menos em torno de cinco por cento dasinternações têm como causa doenças respiratórias. Acriança paga uma conta maior de doença respiratória emrelação a idosos porque passa mais tempo na rua. Amedida da rede talvez reflita melhor a exposição dacriança do que a exposição do idoso, que passa umtempo maior dentro de casa. Temos de olhar isso comcerto cuidado.Para a doença cardiovascular o efeito é mais oumenos esse que prevíamos pelo estudo do namely. Faleique em torno de cinco a seis por cento das doençascardiovasculares seriam dependentes de poluição. Aprojeção feita a partir de dados internacionais mostraque em Vitória em torno de cinco a seis por cento dasdoenças cardiovasculares ocorrem após um ou dois diasde aumento de poluição do ar. Esse é o tamanho dadoença de vocês. Esse é o tamanho dos problemas quevocês têm de lidar.Falarei agora só de Vitória, passei um pouco dotempo. O mais importante não é o que falarei. Olhandode fora é muito fácil dar palpite na vida dos outros.Aliás! Com relação àquela história da Revista Época,que disse que sou o mais influente, até mandei umacarta para a revista porque não sei onde influencio. Emcasa, não é; na faculdade, não é. Então, deve ter umsistema de cotas que eles dão para colocar pessoas nessalinha.Permito-me, como não vivo a cidade, nãodependo de recursos econômicos daqui e não tenhonenhum cargo público, falar com liberdade sobre o quepenso. Vocês me trouxeram para falar o que penso enão o que esperam ouvir. Vitória tem problema depoluição. Até onde temos de dados, tem jeito. Que tipode cidade vocês querem? Dá muito trabalho arrumardepois de feito. A posição de vocês é muitoconfortável porque tem poluição por fonte fixa epoluição por fonte veicular. Os dois não são fáceis delidar. A fonte fixa é mais fácil de lidar do que commilhões de proprietários de veículos porque a maiorparte das pessoas não tem plano B. Se coibir restringirveículos, elas não têm como fazer.A situação da poluição da Cidade de SãoPaulo é difícil resolver porque se todos que estão naradial Leste quiserem pegar o metrô da zona Oeste, nãoentram. Então, depende de investimento para que issoocorra e não é barato para resolver. O problema é que ocusto de manter é maior do que o custo de mudar.Tem que cair um pouco a ficha, pois oplanejamento urbano das cidades é compartilhado em

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