3311 - Diário do Poder Legislativo Vitória-<strong>ES</strong>, quarta-feira, <strong>13</strong> de julho de <strong>2011</strong>de matérias primas que detalharei depois e a reformados precipitadores eletrostáticos que prevemos iniciarem 2012 que demandará cerca de quarenta milhõesde dólares pelo menos nos próximos dois, três anospara serem investidos.Nesse gráfico mostramos nosso compromissocom a melhoria contínua ao longo do tempo. Podemobservar que aquela barrinha azul mostra a nossaredução da taxa de emissão de material particular aolongo dos anos, e mesmo com aquela linha vermelha emcima que mostra o aumento da produção, mesmo com oaumento da produção, buscamos reduzir cada vez maisnossa emissão de material particulado, e não significaque pararemos por aí. Nossas ações são sempre demelhorar cada vez mais os limites de emissão e a cargade emissão que temos, da qual somos sabedores que defato existem.Detalharei um pouco sobre os estudos querealizamos em relação ao cinturão verde e à proposta decolocação de um material em nossos pátios. Esse estudose originou recentemente num primeiro momento comuma das condicionantes da licença ambiental da nossaempresa e no segundo momento com as negociações dotermo de compromisso ambiental e do inquérito civilque temos junto ao Ministério Público.Para contextualizar bem rapidamente temostrês pátios de matérias primas da nossa planta: um pátiode carvão, um pátio de minério e materiais diversos; eum segundo pátio de carvão localizado em outra região.O primeiro pátio de carvão e pátio de minério demateriais diversos são mais antigos, do qual o sistemade controle que existem são sistemas baseados naexistência de um cinturão verde ao redor dos pátios eum sistema de aspersão nas pilhas fixas controladas porsistema computadorizado nas salas de controle parapossibilitar a aspersão de líquido sobre as pilhas demateriais processados. Os Senhores podem observarnossa área com <strong>13</strong>,5 milhões de metros quadrados,cerca de cinquenta e seis por cento dessa área é áreaverde dentro da nossa planta. Temos em torno de doismilhões e seiscentas mil árvores plantadas que compõeuma área verde significativa dentro de nossa planta; nãocontamos uma a uma, mas, pelos nossos cálculos,chega a isso.Sabemos que o cinturão verde ao redor dospátios não serve somente para a redução da ação dosventos sobre a pilha, mas também o cinturão verde aoredor da planta age como uma recomposição da fauna eda flora, possui certo resgate de CO2 da atmosferaporque são árvores que estão ali em fase decrescimento; então, tem fixação de carbono; reduz osruídos, é comprovadamente e conhecido. E acima detudo, serve para o embelezamento da planta.Esses dois são os pátios existentes que fizemos.E os estudos de comparação de eficiência foram feitospor uma entidade chamada Middle East ResearchInstitute - MERI, instituto de pesquisa americano emque fez um trabalho baseado na modelagemdenominada Computed Deraized Fluid Dynamics -CFD. É uma forma de se colocar todas aquelasinformações em termos de dimensões dos pátios e dasbarreiras que existem em determinado sistema decontrole, fazendo uma análise computacional disso everificando a influência daquilo na redução da açãodos ventos sobre as pilhas.Procuramos fazer esse trabalho. Já havia sidofeito com essa mesma instituição e outras empresasda região que chegaram a resultados diferentes, eprocederemos aos dois pátios existentes.Nossa conclusão. Fizemos uma comparaçãoentre a situação que estamos hoje com o cinturãoverde e o sistema de aspersão já implantado. Umasituação futura, que já trabalhamos, seria o reforço docinturão existente e uma situação hipotética que seriaa comparação do Wind Fence com essa tecnologiaexistente. Nesse primeiro gráfico podemos observaros resultados do pátio do carvão onde se observamuma diferença de cerca de 1,6%, o que seria o nossocinturão adicional em relação à existência da WindFence, mas que o sistema hoje, já tem eficiência emtorno de 75,4%. Esse diferencial existente de 84,2%para 85,8% é estatisticamente igual. São comparadasequivalências em termos de controle e de ação dosventos sobre as pilhas.Fizemos o mesmo estudo no pátio do minério ea situação foi um pouco invertida: o cinturão verdemelhorado mostrou eficiência superior ao Wind Fenceque seria instalado, mas já com eficiência existenteatualmente na faixa de setenta por cento. Esta é umavista do nosso cinturão verde com sistema de aspersão.E o terceiro pátio que falamos aos senhores foramempregados uma importância na faixa de sete milhões emeio, que não possui cinturão verde na região, optamospela instalação da Wind Fence. E estamos trabalhandonisso.Podemos observar já uma parte da WindFence que foi instalada para efeito de testes emtermos da estrutura. Essa Wind Fence temquatrocentos e cinquenta metros de comprimento ecercará o pátio praticamente como um todo, emrelação à ação dos ventos, especialmente ventos doquadrante sul. E aí temos uma série de sistemas decontroles. Passaremos para o próximo item emfunção do tempo.Esta é nossa central de monitoramento dequalidade do ar; o nosso sistema de limpeza de viasinternas; o sistema de lava-rodas de caminhões esaídas de pátios; as coberturas de correias; ossistemas de despoeiramento ao redor de toda a usina;temos cerca de setenta e seis filtros de mangasinstalados e são cinco prestadores autostáticos.Encerramos nossa fala; agradecemos aoportunidade e estamos à disposição para qualquerpergunta ou esclarecimentos necessários. (Muito bem!)O SR. PR<strong>ES</strong>I<strong>DE</strong>NTE - (LUCI<strong>ANO</strong>REZEN<strong>DE</strong>) - Pedimos desculpas aos expositores, poissabemos que dez minutos, uma, duas, três, quatro horasnão são suficientes, apenasse está fazemos umadiscussão de socialização dos dados, suficiente nestemomento. Mas evidentemente não esgota a discussão,por isso pedimos celeridade.Concedo a palavra ao Senhor Paulo Esteves,Presidente da Associação de Moradores da Ilha doFrade.
Vitória-<strong>ES</strong>, quarta-feira, <strong>13</strong> de julho de <strong>2011</strong> Diário do Poder Legislativo - 3312O SR. PAULO <strong>ES</strong>TEV<strong>ES</strong> – (Sem revisão doorador) - Boa noite a todos. Agradeço a esta Casa, napessoa do Senhor Deputado Luciano Rezende, pornos receber hoje e boa-noite aos participantes da Mesa.Serei rápido e tentarei privilegiar o debate para quepossamos discutir um pouco mais sobre tudo o queestamos ouvindo, neste Plenário. Agradeço também, emprimeiro lugar, ao Ministério Público, que há quatro,cinco anos, soube abraçar a nossa causa e tem nosconduzido com sucesso, muito grande, nessa lutacontra os problemas ambientais. Hoje, representonove associações de moradores, além de alguns colegasdirigentes dessas associações, que estão presentes.Agradeço também à Vale por ter setransformado em um modelo, nesse tipo de luta quetemos. Deixo claro que o nosso objetivo é, que asempresas instaladas em nosso Estado tenham umsistema de proteção, com os equipamentos queatualmente existem no mundo. Simplesmente isso. Nãopedimos nenhuma novidade. Se pegarem hoje todos oscomplexos industriais do primeiro mundo, verão quetudo o que a Vale está implantando em nosso Estado jáexiste, já funciona com eficiência comprovada.Ao mesmo tempo, agradeço ao professorPaulo Saldiva por ter criado a expressão racismoambiental, tão bem adotada pelo Ministério Público emrelação à empresa ArcelorMittal. Vou explicar oporquê. É impressionante como se pode ter no Estadodo Espírito Santo grandes projetos como a Vale, aSamarco, a CSU, que será implantada, todasconcordando e adotando esses equipamentos, essessistemas de proteção ambiental e apenas a ArcelorMittalcria uma resistência total em fazer o mesmo. O maisincrível é que, como vimos na explanação dorepresentante da empresa a ArcelorMittal, ela é aprincipal fabricante de aço do mundo, tem sessenta euma plantas no mundo inteiro e produz dez por cento doaço mundial. Ela adota no primeiro mundo sistemas quenão quer adotar em nosso Estado, de forma alguma.Nós, do Ministério Público, passamos doisanos tentando fazer o mesmo que foi feito com a Vale:um termo de compromisso ambiental, mas aArcelorMittal se recusou a fazer e se recusa até hoje.Os senhores viram a questão da Wind Fence. A propostadeles é fazer o cinturão verde, aparentemente tem amesma eficiência, mas faltou dizer que são necessáriossete anos para que as árvores do cinturão verde cresçam.Todo o processo para a instalação das Wind Fence naVale demorou dois anos, desde quando resolveu fazê-la,criou os projetos, contratou mão de obra necessária eadquiriu os equipamentos. O que a empresaArcelorMittal exige de nós, população, é que passemoscinco anos tolerando toda a poluição que tem jogadosobre nós.Quando ele se refere ao sistema Claus, que é adessulfuração na coqueria, quero lembrar aos senhoresque não é dito por eles que isso é uma condicionante doIEMA. Está presente o Presidente e técnicos do IEMAque podem comprovar. Essa condicionante do IEMA édesde 2002. Há nove anos eles empurram com a barrigae, tem mais, não sofreram nenhuma penalização emfunção disso até hoje. Quando chega agora, com essaluta, com essa pressão, quando o Ministério Públicoabriu inquérito civil público e ingressou com umaação civil pública, eles reagem dessa forma. Estãocumprindo uma condicionante de 2002, hoje dizendoque estão fazendo um grande benefício. Não, nãoestão fazendo mais do que a obrigação, pois sãograndes devedores nesse item.Concluindo. Mas mesmo assim, agradeçomuito à empresa ArcelorMittal toda essa campanhaintensa na mídia, vista por todos. Porque nuncarecebi um retorno tão grande da população emrelação à campanha que a ArcelorMittal fez. O retornofoi extremamente positivo para nós. A população estáextremamente revoltada. Recebemos informações,solidariedades, denúncias de empregados da empresaem relação a essa questão.Particularmente na campanha apresentaramuma mão limpa. A minha sempre vai para a imprensacomo a mão suja. É uma coisa até um pouco pessoal.Isso me deixa orgulhoso do trabalho que tenho feitosempre em função das associações que me apoiam, queme deram essa representação em nome da sociedade.A questão do racismo ambiental fica restrita àseguinte pergunta: somos cidadãos de terceiracategoria? Somos piores do que os outros cidadãos domundo? Achamos que não. Tudo que queremos é que aempresa proceda no Brasil como faz no exterior. Isso éo mínimo que podemos exigir. Talvez não seja asolução de todos os problemas, mas pelo menos noscolocará no mesmo patamar das civilizações maisadiantadas hoje em relação a essa questão. (Muitobem!)O SR. PR<strong>ES</strong>I<strong>DE</strong>NTE – (LUCI<strong>ANO</strong>REZEN<strong>DE</strong>) – Agradecemos ao Senhor Paulo Esteves.(Pausa)Concedo a palavra ao Senhor Paulo Ruy ValimCarnelli, Secretário Estadual de Meio Ambiente.O SR. PAULO RUY VALIM CARNELLI –(Sem revisão do orador) - Saúdo o Senhor DeputadoLuciano Rezende por esta iniciativa. Saudando V. Ex.ª ea Senhora Deputada Luzia Toledo, vice-presidente daComissão de Meio Ambiente, saúdo todos oscomponentes da Mesa.Junto comigo estão o Senhor Aladim FernandoCerqueira, diretor-presidente do Iema; o Alexander, oNilson, a Larissa, técnicos da Secretaria do Iema quetratam da questão da qualidade do ar, assunto realmentemuito importante na Região Metropolitana.Obviamente que após ouvirmos as falas,pensando no que estamos fazendo, tentaremos falar comequilíbrio. Como o Doutor Paulo Saldiva mencionou,algo importante que temos no sistema demonitoramento da qualidade do ar, que chamamos deranquear uma rede, é que há alguns anos vem colhendoinformações importantes.Precisamos distinguir duas coisas. A fala doSenhor Paulo Saldiva mencionou bastante a questão dasaúde, da poeira e dos gases que afetam à saúde. Noentanto, a exposição das empresas e a fala do SenhorPaulo Saldiva colocam de forma muito forte a questãoda poeira, independente da saúde, do mal-estar, doincômodo que ela causa.
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