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Adesão - Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS-SP

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A<strong>de</strong>sao.qxd 5/9/2008 12:42 PM Page 101e discriminada. Suas primeiras experiências <strong>de</strong> in<strong>de</strong>pendência forammarcadas pela recusa em tomar as medicações prescritas, comportamentojamais observado anteriormente. A reação apresentada pelacriança foi geradora <strong>de</strong> extrema preocupação por parte da mãe equestionamentos quanto aos benefícios do tratamento psicológicopor parte da equipe. Imediatamente foi agendada uma consulta coma responsável e, ao avistar uma menina saltitante e alegre, recor<strong>de</strong>ime<strong>de</strong> uma situação na qual presenciei a mãe dando uma das medicaçõespara a filha. Ela a segurava no colo, tal qual um bebê, e oremédio era dado numa seringa <strong>de</strong> injeção, cenário que representavauma mãe amamentando sua criança. Para D. o xarope na seringasimboliza uma mama<strong>de</strong>ira e sua intolerância não apresentava relaçãocom a medicação, mas com uma <strong>de</strong>terminada situação que a remetiaa um lugar que não mais precisava ocupar. O médico não alterou oesquema terapêutico, apenas a apresentação posológica, e a criançapassou a tomar comprimidos exibindo muita satisfação. As criançaspossuem vivências muito ricas e diversificadas com relação à doençae nossa tarefa é ajudá-las a compreen<strong>de</strong>r o sentido e os conteúdossubjacentes <strong>de</strong> seu comportamento.Por último, um outro aspecto extremamente relevante dizrespeito ao processo da revelação diagnóstica do HIV/aids. É sabido quea interdição da comunicação po<strong>de</strong> interferir negativamente no <strong>de</strong>senvolvimentoe o segredo que envolve a doença expõe crianças e jovensa inibições afetivas e perturbações do pensamento. Da mesma forma,há autores que associam dificulda<strong>de</strong>s para tomar medicações e comportamentoscomo birra e negativismo com esse segredo que não po<strong>de</strong> ser<strong>de</strong>svendado. Apesar das recomendações, ainda nos dias atuais, é sabidoque comunicar e receber o diagnóstico <strong>de</strong> uma doença grave e incurávelproduz inúmeras inquietações, especialmente quando se trata <strong>de</strong>101

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