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Adesão - Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS-SP

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A<strong>de</strong>sao.qxd 5/9/2008 12:42 PM Page 190Quando pergunto "on<strong>de</strong>?", começo um processo <strong>de</strong> questionamentosque são internos e externos também. Esse grupo <strong>de</strong> a<strong>de</strong>sãotem como uma das linhas <strong>de</strong> trabalho dar espaço para que os nossos"indivíduos" <strong>de</strong>scubram o "on<strong>de</strong>". Não compete a mim dizer on<strong>de</strong> nós<strong>de</strong>vemos a<strong>de</strong>rir, me compete apenas enten<strong>de</strong>r on<strong>de</strong> eu quero a<strong>de</strong>rir. Euquero a<strong>de</strong>rir à vida sendo soropositivo.Quando novamente pergunto a<strong>de</strong>são "por quê?", necessito dasquestões anteriores para <strong>de</strong>scobrir o meu porquê. A saú<strong>de</strong> compreendidaseparadamente, para mim, é como simplificar equações matemáticas<strong>de</strong> muita complexida<strong>de</strong>. Não me sinto saudável se apenas o meucorpo físico estiver no patamar <strong>de</strong> CD4 bom e carga viral in<strong>de</strong>tectável.Entendo saú<strong>de</strong> como um conjunto que compreen<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>mental, emocional e, em alguns momentos, saú<strong>de</strong> espiritual. Nessesquase vinte anos <strong>de</strong> sorologia positiva para o vírus HIV, por muitasvezes ele mostrou-se extremamente forte e agressivo, e às vezes eucontribuía para essa força e agressivida<strong>de</strong>. Estar apenas com meu corpovivo não me interessa. Tenho muito medo dos "mortos-vivos". Eu nãosou um vírus, sou uma pessoa que porta o vírus HIV. O meu porquê <strong>de</strong>a<strong>de</strong>rir à vida é simplesmente ser um inteiro e não mais uma meta<strong>de</strong>.Perguntar o "para quê?" da a<strong>de</strong>são também passa pelo caminhopessoal. Para que haja a<strong>de</strong>são é necessário enten<strong>de</strong>r o on<strong>de</strong> e oporquê. O meu "para quê" é sem dúvida para viver com a clareza <strong>de</strong> queé possível ser uma pessoa vivendo com HIV, mas dono do meu espaço.Todas essas conclusões são frutos do trabalho exercido pelogrupo <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são. Existe uma frase criada por todos nós que serviucomo uma luva para mim: "Vergonha mata, HIV/aids se trata".Hugo HagstromOBS: Os Srs. Tácito Molica e Hugo Hagstrom autorizaram a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>seus <strong>de</strong>poimentos para esta publicação.190

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