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Fig. 1 - Pirâmide da hierarquia das Necessidades Humanas.<br />
Por essa teoria, deduz-se que o trabalho é de fundamental importância para<br />
os indivíduos, na medida em que seus aspectos psicossociais sejam favoráveis ou<br />
não à satisfação das necessidades humanas.<br />
4.1.4.2 Teoria X – Teoria Y<br />
O professor e economista americano Douglas McGregor (s. d.) apresentou<br />
na década de 1960 a Teoria X, na qual define o homem como sendo passivo e<br />
resistente a inovações. Pressupõe que os trabalhadores são naturalmente avessos<br />
a responsabilidades laborais, sendo sempre necessárias ordens superiores para<br />
que rendam algo no trabalho. A satisfação no trabalho é vista como resultado <strong>dos</strong><br />
ganhos financeiros. Os princípios básicos da Teoria X são enumera<strong>dos</strong> abaixo:<br />
1. <strong>Um</strong> indivíduo comum, em situações comuns, evitará sempre que possível<br />
o trabalho;<br />
2. Alguns indivíduos só trabalham sob forte pressão. Eles precisam ser<br />
força<strong>dos</strong>, controla<strong>dos</strong> e às vezes ameaça<strong>dos</strong> com punições severas para<br />
que se esforcem em cumprir os objetivos estabeleci<strong>dos</strong> pela organização;<br />
3. O ser humano ordinário é preguiçoso e prefere ser dirigido, evita as<br />
responsabilidades, tem ambições e, acima de tudo, deseja sua própria<br />
segurança.<br />
Por considerar inconsistente e inadequada a Teoria X, McGregor (s. d.)<br />
elabora a Teoria Y, onde integrar os objetivos individuais e organizacionais<br />
formam o princípio fundamental. Mas é preciso que as empresas ofereçam meios<br />
para que os indivíduos deem o melhor de si, de forma desafiadora, participativa e<br />
influenciável nas decisões a serem tomadas. Os princípios fundamentais da Teoria<br />
Y são:<br />
1. O esforço físico e mental empregado no trabalho é tão natural quanto o<br />
empregado em momentos de lazer;<br />
2. O atingimento <strong>dos</strong> objetivos da organização está ligado às recompensas<br />
associadas e não ao controle rígido e às punições;<br />
3. O indivíduo comum não só aceita a responsabilidade do trabalho, como<br />
também a procura.<br />
4. Os indivíduos são criativos e inventivos, buscam sempre a solução para os<br />
problemas da empresa;<br />
5. Os trabalhadores têm a capacidade de se autogerirem nas tarefas que<br />
visam atingir objetivos pessoais e estratégicos da organização. Sem a<br />
necessidade de ameaças ou punições;<br />
6. O trabalhador normalmente não faz aquilo que não acredita. Por isso exige<br />
cada vez mais benefícios para compensar o incômodo de desempenhar<br />
uma função desagradável.<br />
4.1.4.3 Teoria da Motivação – Higiene (Teoria <strong>dos</strong> Dois Fatores)<br />
Criada por Frederick Herzberg (1959) tem como satisfação e insatisfação<br />
fenômenos de naturezas diferentes. Fatores motivacionais são inerentes ao cargo,<br />
liberdade de decisão ao executar tarefas, definição de metas, entre outros, e auto<br />
avaliação de desempenho. Já os fatores higiênicos se relacionam com as condições<br />
físicas ambientais no trabalho, vencimentos, políticas e clima organizacionais,<br />
benefícios sociais, oportunidade de crescimento etc. Herzberg considera a<br />
presença desses elementos somente o bastante para evitar a desmotivação das<br />
pessoas, mas a presença deles não é objeto motivador.<br />
4.1.4.4 Teoria da Expectativa<br />
Desenvolvida pelo psicólogo Vitor Vroom (1964) que considera o nível<br />
motivacional o resultado das relações esforço-desempenho, desempenhorecompensa<br />
e recompensa-metas pessoais, consiste na relação entre as<br />
características da pessoa e qual sua percepção do ambiente. Essa teoria afirma que<br />
a motivação da pessoa está diretamente relacionada com sua crença na recompensa<br />
derivada de seu esforço, quando há o motivo para fazê-lo ir atrás de um objetivo.<br />
Vroom afirma que três fatores produzem a motivação e que devem acontecer<br />
simultaneamente: 1) valência – o quanto alguém quer um resultado específico. É<br />
o valor subjetivo com relação a incentivo ou recompensa; 2) instrumentalidade<br />
– o indivíduo crê na obtenção do resultado ligado a uma recompensa. Se seus<br />
esforços forem recompensa<strong>dos</strong> haverá positividade na relação, caso contrário, a<br />
relação será negativa; 3) expectativa – percepção de que seus esforços o farão<br />
alcançar o resultado almejado. É a vontade de poder alcançar o resultado.<br />
4.1.4.5 Teoria da Imaturidade – Maturidade<br />
Segundo essa teoria, desenvolvida por Argyris entre os anos de 1960 – 1970,<br />
o desenvolvimento de uma pessoa acontece em um intervalo contínuo de uma<br />
situação de imaturidade para uma de maturidade. <strong>Um</strong> indivíduo maduro é ativo,<br />
tem autoconfiança, é independente e autocontrolado. Já uma pessoa imatura é<br />
dependente, passiva, tem necessidade de ser controlada pelos outros, é desprovida<br />
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