Elas por elas 2020
A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.
A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.
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exemplo, porque consideram que
elas são mais sensíveis e caprichosas”,
diz Tereza dos Santos (foto) .
“Nesta semana encontrei, casualmente
na rua, com uma mulher
que saiu da prisão há algum tempo.
Ela estava com roupas que mostravam
muito o corpo. Então, eu
questionei onde estava indo e ela
me contou, bem constrangida, que
estava indo ‘fazer ponto’. E disse:
‘Todo mundo me discrimina, não
consigo trabalho e estou passando
falta. Se vender droga, vou presa.
Então, vou vender a única coisa
que tenho’, me disse. Eu fiquei muito
triste, pois ela não estava fazendo
aquilo porque queria e sim pela
falta de opção. Isso é uma realidade
que a sociedade precisa ver”, diz.
A unidade prisional Estêvão
Pinto/SEAPMG, em Belo Horizonte,
tem empresas parceiras que atuam
lá dentro e contratam algumas
mulheres. “É bom, pois ocupam
seu tempo, evitando adoecer e com
isso ganham dinheiro, mesmo que
pouco. Não têm carteira assinada,
recolhimento de INSS nem FGTS,
enfim, sem direitos trabalhistas.
Mas ajuda a combater a depressão
e a cada 3 dias trabalhado, diminui
um dia na pena”, ressalta.
A diretora-geral dessa unidade,
Márcia Lopes Ferreira, concorda
que é essencial a manutenção de
parcerias com profissionais e projetos
sociais dentro de uma unidade
prisional (UP). Segundo ela, é
fundamental propiciar momentos
de reflexão e de autocrítica, a fim
de identificar e desenvolver as potencialidades
de cada uma dessas
mulheres, que muitas vezes não se
/ Carina Aparecida
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Revista Elas por Elas - março 2020