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Elas por elas 2020

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

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Perfil

Leci Brandão:

a voz que nos encanta e nos representa

por Nanci Alves

Maravilhosa! Sambista, cantora,

compositora e uma das mais

importantes intérpretes da música

popular brasileira. Leci Brandão

nasceu no Rio de Janeiro, em

12 de setembro de 1944, e começou

sua carreira musical ainda jovem,

no início da década de 70, tornando-se

a primeira mulher a participar

da ala de compositores da Estação

Primeira de Mangueira, do Rio

de Janeiro. Leci é também a segunda

negra a ser deputada estadual

em São Paulo. Ser mulher e negra –

duas condições que sempre, desde

criança, a impulsionaram para a

luta. “Na infância, eu não entendia

isso. Era aluna do Colégio Pedro II

e ouvia as pessoas gritando ‘tiziu’

na sala e não sabia que se tratava

de um passarinho preto. Era o que

hoje se chama bullying, o que faziam

comigo. Quanto à questão de

gênero, a gente via as coisas de uma

forma muito natural, né? Pai que

era o chefe de família, e mãe que

trabalhava muito, mas que não tinha

o protagonismo que tem hoje.

Essa consciência de luta pela igualdade

de gênero é bem recente na

minha vida. Eu via aquele comportamento

de forma natural, era assim

naquela época”, conta.

Falar de Leci é falar de muitas

mulheres – força, beleza, coragem,

voz, energia, criatividade, musicalidade,

luta, conquista e exemplo

de vida. Ao refletir sobre as influências

femininas e feministas que

teve em sua vida, ela afirma que, geralmente,

“para quem tem uma origem

pobre, a referência é sempre a

mãe, a avó, a tia, porque a gente não

tinha inserção na escola, na universidade,

nada de intelectuais. Assim,

Revista Elas por Elas - março 2020

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