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Elas por elas 2020

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

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desabafos e experiências sociais

para tentarmos nos colocar no lugar

uns dos outros. Havia denúncias

de assédio de alunos, professores

e violência doméstica. Começamos

a pensar: ‘por que a escola

não pode ajudar?’; ‘por que as escolas

públicas não possuem profissionais

para auxiliar nessas questões?’,

questiona a estudante.

Daniela (foto) explica que o

movimento estudantil tem tratado

com prioridade o debate de gênero

nas escolas. “Quando reunimos

os estudantes, temos a oportunidade

de debater essas questões para

fazer uma sociedade mais justa e

desconstruir preconceitos. Muito

se fala que a escola prepara os jovens

para ser cidadãos, mas muitas

vezes não temos a mínima ideia do

que se passa dentro da casa desses

alunos e como isso pode influenciar

seu desenvolvimento em sala

de aula. Tivemos casos de pais que

agrediam os filhos por serem homossexuais,

mães que sofriam violência

doméstica na frente dos filhos,

e alunos que sofriam racismo

de professores”, afirma.

Em todo o Brasil, pesquisadores,

professores, alunos e representantes

do movimento social e estudantil

unem força em torno da defesa

do debate de gênero nas instituições

públicas e privadas de ensino.

O principal desafio é romper

as distorções do direito à igualdade

e desmentir a falaciosa campanha

capitaneada por setores ultraconservadores,

que utilizam o termo

“ideologia de gênero” como uma

suposta “ameaça” aos valores tradicionais

da família.

Nos debates transcorridos desde

2014 em torno do Plano Nacional de

Educação, e subsequentemente em

torno dos Planos Municipais e Estaduais

de Educação, o termo “ideologia

de gênero” foi utilizado por

quem defende posições tradicionais,

reacionárias e até fundamentalistas

em relação aos papéis de

gênero do homem e da mulher. Os

resultados foram a propagação de

uma espécie de pânico social com

consequências práticas às questões

relacionadas aos chamados novos

direitos humanos, por exemplo,

no uso do nome social, no direito à

identidade e igualdade de gênero e

na livre orientação sexual.

A pesquisadora e doutora em Ciência

Política pela Universidade Federal

de Minas Gerais (UFMG) Ana

Carolina Ogando explica que o termo

“ideologia de gênero” foi cunhado

por setores conservadores, na

/ Mariana Viel

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Revista Elas por Elas - março 2020

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