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Elas por elas 2020

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

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/ Pablo Bernardo

Revolução em curso

permanece. Para mim, a arte é um

facilitador da tomada de consciência

sobre essa trajetória e um instrumento

para criar novas possibilidades”,

opina.

conduzidas por mulheres negras

que representam boa parte da cultura

brasileira. Ela acredita que

nos coletivos há uma forma mais

democrática e mais plural de organização

Soraya lembra que as mulheres

negras sempre produziram trabalhos

de altíssimo nível em todas as

áreas da sociedade e cita a conceituada

escritora mineira Conceição

Evaristo. “A escola é que não ensina

isso pra gente. O negro aparece

como escravizado e não como um

grande ator como Grande Otelo ou

um ótimo crítico como Muniz Sodré”,

evidencia.

Para ela, a sociedade está começando

a olhar para essa parcela da

população que sempre esteve presente,

mas de forma invisibilizada

e não reconhecida. “O problema é o

racismo. Os espaços sempre foram

ocupados. O racismo estruturante

reflete tanto na arte quanto na

educação. É só pensar em quantas

pessoas negras estão em posições

de gestão nas escolas”, exemplifica.

Outra mulher negra que acompanha

a cena artística em Belo Ho-

e destaca a importânrizonte

é a professora e realizadora

Formamos uma teia entre nós cia de pensar a arte como um lugar

político-estético e educativo. “A ta (foto). Como professora do cur-

audiovisual Tatiana Carvalho Cos-

“As pessoas querem se juntar

para produzir arte, principalmente

nesse momento político instágro.

Gosto de pensar que, além da sitário, em Belo Horizonte, coorde-

resistência é inerente ao povo neso

de cinema de um Centro Univervel.

Voltar na raiz para entender resistência, a gente tem que criar na o projeto de extensão Pretança

os problemas de hoje”, descreve uma educação que seja artística e - Afrobrasilidades e Direitos Humanos.

Para Tatiana, essa potência la-

Nath, lembrando que há uma onda uma arte reflexiva para compartilhar

o possível. Arte e política antente

na juventude negra brasilei-

de coletivos na capital mineira dialogando

a partir da arte. “Vejo os dam juntas. Portanto, tento engajar

tanto os meus alunos/as quanto conta do investimento feito na edura,

que reflete nas artes, ocorre por

coletivos como pequenos quilombos,

cada um tem a sua forma de o público do teatro para terem um cação nas duas últimas décadas. “O

se organizar, de pensar e dizer. E pensamento crítico e para promover

a mudança dos padrões impossidades

em áreas marginalizadas,

governo federal construiu univer-

quando a gente consegue conversar

é muito interessante. Um bebe tos pela sociedade, que é o padrão sobretudo no Nordeste e fora dos

na fonte do outro”, completa. da brancura. Precisamos sair da reprodução

do modo hegemônico de gramas que facilitaram o ingres-

eixos econômicos, além dos pro-

Para a atriz e pesquisadora de

teatro Soraya Martins, Belo Horizonte

é um polo de organizações na arte”, defende.

em escolas particulares, como

pensar, tanto na educação quanto so de pessoas negras, faveladas

o

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