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Elas por elas 2020

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

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de nossas aldeias, enfrentamos

enormes desafios para fazer curso

de graduação, pós-graduação e

doutorado. Estudamos e nos organizamos

para impedir o que o governo

quer fazer dentro do território,

sem consultar o povo”, afirma.

Alessandra Munduruku chama a

atenção para a contaminação das

águas dos rios com a mineração e o

garimpo. “A gente sofre vendo o rio

e o peixe sendo contaminados pelo

mercúrio. Antes a gente tinha malária,

mas hoje temos muitas outras

doenças graves por causa desse metal

e dos venenos do agronegócio”,

afirma. Ela destaca a mudança na

Fundação Nacional do Índio (Funai),

que deveria defender os direitos

dos povos indígenas. “Hoje, não

acreditamos mais na Funai, principalmente

em Brasília, pois querem

dar a terra para o não índio, para

o grande negócio que só destrói.

Muitos falsificam documentos e

se apropriam das terras enquanto

que, para gente, é uma verdadeira

burocracia. Você tem que provar

que seus antepassados já estavam

ali. Até conseguir provar isso, a terra

já foi invadida”, diz, ao reforçar

que o povo indígena não vai aceitar

projetos de morte da mineração, hidrelétrica,

ferrovia, hidrovia, agronegócio,

portos, graneleiro, etc.

“Bolsonaro fala que os indígenas

precisam entrar na sociedade. Mas

que sociedade é essa? Essa em que

nós ficamos pobres, sem território,

sem rio, esmolando um território

que eles tomaram? O dever do governo

é criar e manter uma política

/ Deputada Federal Joênia Wapiurana

pública para os indígenas, para os

ribeirinhos, mas isso não existe. A

84 Revista Elas por Elas - março 2020

/ Luis Macedo - Câmara dos Deputados

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