COMUNICAÇÕES 224 - A Senhora Simplex (2017)
APDC 224 - A Senhora Simplex Setembro 2017
APDC 224 - A Senhora Simplex
Setembro 2017
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estado da nação <strong>2017</strong><br />
media – protagonistas<br />
1 COMO estão os grupos a RESPONDER AO DESAFIO DA TRANSFORMAção DIgITAL,<br />
em termos de posicionamento global e de propostas para o mercado?<br />
2 De que FORMA se PODERá tirar PARTIDO DAS NOVAS tendêNCIAS TECNOLógICAS<br />
para construir novas ofertas inovadoras?<br />
3 PODERão ESTAR em MARCHA ALTERAções estruturais do SETOR,<br />
NOMEADAMENTE COM a CONSOLIDAção COM as telcos.<br />
Quais os impactos desta potencial mudança?<br />
é um dos eixos estratégicos das<br />
telcos. Beneficiando do conhecimento<br />
dos clientes e do big data,<br />
poderão criar experiências mais<br />
ricas e interessantes, com publicidade<br />
menos intrusiva e melhor<br />
recomendada. A criação de um<br />
marketplace de dimensão e volume<br />
será crítico para a atração do<br />
investimento e para fazer face ao<br />
duopólio Google/Facebook. Só<br />
assim os canais de TV poderão<br />
estancar a fuga de investimento<br />
que nos últimos anos tem saído<br />
para o digital.<br />
Gonçalo Reis, presidente, RTP<br />
Estamos a enfrentar os desafios<br />
do online de frente, co-<br />
1<br />
locando o digital no centro da<br />
estratégia corporativa e de conteúdos.<br />
Não desvalorizamos as<br />
tendências: hábitos de consumo<br />
em profunda transformação,<br />
mobilidade, emergência de novas<br />
plataformas, fragmentação dos<br />
públicos, players recentes com<br />
um papel disruptivo. Costumo<br />
dizer às equipas que não vale a<br />
pena pensar que são realidades<br />
distantes, mudanças em mercados<br />
internacionais, que afetam<br />
apenas os segmentos mais<br />
jovens. Estas mudanças são já,<br />
agora, aqui, em Portugal, e em todos<br />
os segmentos. Na RTP, temos<br />
vindo a apostar fortemente na<br />
aceleração da oferta digital. Reformulámos<br />
toda a arquitetura e<br />
o look and feel dos sites; lançámos<br />
newsletters (diárias e semanais,<br />
de informação e programação);<br />
melhorámos o RTP Play no caminho<br />
da personalização; lançámos<br />
uma aplicação de notícias com<br />
funcionalidades ricas e distintas;<br />
arrancámos com os arquivos online,<br />
projeto inovador a nível europeu,<br />
que permite o acesso dos<br />
cidadãos aos arquivos históricos<br />
da RTP e que está a ter uma adesão<br />
impressionante.<br />
As novas tecnologias permitem<br />
aos operadores de comu-<br />
2<br />
nicação social levar os seus conteúdos<br />
a mais pessoas, através<br />
de novos meios, direcionando a<br />
oferta às preferências dos públicos-alvo<br />
e abrindo todo um leque<br />
de novas oportunidades. Na RTP,<br />
temos vindo a possibilitar experiências<br />
de visionamento inovadoras.<br />
Como festivais de música,<br />
permitindo ao utilizador que escolha<br />
no online qual o concerto a<br />
que quer assistir. Ou, em grandes<br />
eventos com acontecimentos em<br />
simultâneo, que escolha o streaming<br />
ou a emissão que mais lhe<br />
interessa no nosso site, por exemplo<br />
numa noite eleitoral, optando<br />
por uma reportagem numa<br />
determinada sede de campanha,<br />
ou numa conferência de imprensa,<br />
em vez de outra. São exemplos<br />
de como as novas plataformas<br />
trazem graus de liberdade adicionais<br />
aos utilizadores, que “constroem”<br />
a sua emissão, de acordo<br />
com as suas preferências. O papel<br />
do operador é fornecer uma<br />
variedade de escolhas e, claro,<br />
desempenhar o papel de curador.<br />
As novas plataformas têm ainda<br />
permitido a uma empresa como<br />
a RTP, com uma missão global,<br />
chegar a mais portugueses, onde<br />
quer que estejam, facto que se<br />
traduz na diversificação regional<br />
dos acessos à nossa oferta digital.<br />
Entre 35% a 40% tem origem<br />
a partir do estrangeiro.<br />
A articulação entre as empresas<br />
de media e telecom, en-<br />
3<br />
tre produtores e distribuidores, é<br />
uma realidade incontornável e é<br />
algo que não surpreende quem<br />
está nesta indústria. Mas cremos<br />
que o fator-chave continua a ser<br />
a qualidade e riqueza dos conteúdos.<br />
Logo, mantemos o foco na<br />
capacidade para conceber e produzir<br />
conteúdos distintos.•