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COMUNICAÇÕES 224 - A Senhora Simplex (2017)

APDC 224 - A Senhora Simplex Setembro 2017

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Setembro 2017

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negócios<br />

Wanted!<br />

todas estão à procura de pessoas<br />

com competências digitais. É<br />

uma pressão gigante”.<br />

O discurso de Pedro Amorim,<br />

diretor-geral da Experis, empresa<br />

especializada em atração de<br />

talentos do Manpower Group,<br />

é semelhante. Se confirma a dificuldade<br />

que há em encontrar<br />

talentos no mercado global, mais<br />

depressa pinta a manta de negro<br />

quando se fala de Portugal: “Para<br />

corresponder às empresas nossas<br />

clientes vamos buscar profissionais<br />

ao Brasil, ou a vários países<br />

da Europa de leste. Sobretudo se<br />

falamos em especializações de<br />

ponta como robótica, inteligência<br />

artificial e data, em Portugal<br />

o que existe são teóricos, que se<br />

encontram a lecionar”.<br />

À Experis, que se tem vindo a<br />

focar cada vez mais na área das<br />

tecnologias, chegam sobretudo<br />

pedidos para “programadores e<br />

especialistas em desenvolvimento<br />

de tecnologias Microsoft, ou<br />

em ERP’s de gestão e ainda digital<br />

marketing. Também são muito<br />

procurados administradores de<br />

sistemas, técnicos de produção<br />

e manutenção e engenheiros”,<br />

informa Pedro Amorim. A lista,<br />

sem novidades, reflete a tendência<br />

dos últimos anos, mas o que o<br />

diretor-geral da Experis antecipa<br />

é a intensificação de pedidos de<br />

especialistas em cybersegurança,<br />

“uma questão cada vez mais<br />

crítica para as empresas”, e uma<br />

corrida aos experts em data policy,<br />

tendência que vai marcar 2018.<br />

“A diretiva europeia sobre proteção<br />

de dados, que vai entrar em<br />

vigor em maio, vai obrigar as empresas<br />

a contratar equipas especializadas”,<br />

explica Pedro Amorim,<br />

sublinhando que o tema será<br />

transversal a todas as áreas de<br />

atividade e particularmente sensível<br />

em diversos setores.<br />

Por seu turno, Pedro Oliveira<br />

lembra que todas as profissões<br />

que têm a ver com análise de dados<br />

estarão a fervilhar de oportunidades<br />

de trabalho: “Data scientists,<br />

data engineers, data analysts,<br />

todas estas funções que estão<br />

na génese de novas formas de<br />

trabalhar” estarão no radar dos<br />

empregadores. O co-fundador da<br />

Landing Jobs admite que não se<br />

trata de uma novidade, “há anos<br />

Refresh e muita pressão<br />

Há cinco anos a Experis tinha três<br />

consultores a trabalhar só para a<br />

sua área de contratações diretas,<br />

hoje tem 45. Pedro Amorim, que<br />

entrou para a empresa em 2013,<br />

diz que o mercado desde então<br />

não parou de crescer e “hoje está<br />

mais dinâmico do que nunca”.<br />

A perceção de Pedro Oliveira<br />

é semelhante: “Há cada vez mais<br />

empresas internacionais a abrir<br />

pólos de tecnologia em Portugal,<br />

principalmente em Lisboa e no<br />

Porto. Pode estar ou não correlacionado<br />

com a vinda da Web<br />

Summit, até porque já estava a<br />

acontecer antes, mas a visibilidade<br />

que a cimeira nos deu pode ter<br />

acentuado esta tendência”.<br />

O mercado está a mexer e<br />

também a mudar: “Lisboa e Porto<br />

estão a tornar-se pólos de remote<br />

workers. Há muitos ingleses<br />

e alemães que trabalham em TI<br />

remotamente para os seus países<br />

de origem”. São os chamados<br />

“nómadas digitais”, uma novidade<br />

que se junta a outra que está<br />

a mudar o cenário em Portugal,<br />

particularmente na área das tecnologias:<br />

“Temos cada vez mais<br />

tech centres, ou seja, empresas em<br />

que a cultura do trabalho é internacional,<br />

mas a raiz é portuguea<br />

diretiva<br />

europeia sobre<br />

proteção de<br />

dados, que entra<br />

em vigor em<br />

maio, vai obrigar<br />

as empresas<br />

a contratar<br />

equipas<br />

especializadas<br />

que se faz análise de dados”, mas<br />

“as coisas têm evoluído ao ponto<br />

de hoje os data scientists terem<br />

ganho uma prevalência total, de<br />

tal forma que o nível de ofertas<br />

de trabalho para essa área tem<br />

aumentado brutalmente”. Das<br />

áreas não tecnológicas Pedro Oliveira<br />

destaca a das finanças e a<br />

da indústria da mobilidade como<br />

duas das que mais vão empregar<br />

especialistas em TI: “Os bancos<br />

estão a apostar fortemente em<br />

cryptocurrencies, porque lhes permite<br />

reduzir custos, além disso<br />

há toda uma tecnologia emergente<br />

ligada às finanças que não dispensará<br />

técnicos com competências<br />

na área digital. A indústria<br />

da mobilidade, nomeadamente<br />

a indústria automóvel, tem também<br />

muito a evoluir no âmbito<br />

da inteligência artificial…”<br />

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