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COMUNICAÇÕES 224 - A Senhora Simplex (2017)

APDC 224 - A Senhora Simplex Setembro 2017

APDC 224 - A Senhora Simplex
Setembro 2017

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Tem cumprido a promessa de legislar<br />

menos e melhor, ao invés<br />

de encher o país de leis?<br />

Este Governo assumiu, desde o<br />

início, que a melhoria na qualidaà<br />

conversa<br />

Maria Manuel Leitão Marques<br />

cluindo os funcionários públicos,<br />

mobilizando para efeito tanto o<br />

Estado como a sociedade civil.<br />

Aliás, aproveito para agradecer a<br />

colaboração da APDC.<br />

Foi anunciado recentemente o<br />

<strong>Simplex</strong> <strong>2017</strong>, depois da implementação<br />

do primeiro ano deste<br />

“novo” programa. Quais foram<br />

os primeiros grandes resultados<br />

e quais são agora as prioridades?<br />

A taxa efetiva de execução do<br />

<strong>Simplex</strong>+ 2016 foi de 89%. Em<br />

comparação com programas semelhantes<br />

na Europa, é um excelente<br />

resultado.<br />

Há números de investimentos e<br />

de poupanças? O projeto foi condicionado<br />

pelos constrangimentos<br />

financeiros?<br />

Solicitámos uma avaliação externa<br />

a 14 medidas por parte da<br />

Universidade Nova de Lisboa. Já<br />

temos resultados preliminares<br />

para 11 medidas com impacto na<br />

vida das empresas. Foi estimada<br />

uma poupança para as empresas<br />

de cerca de €568 M. Para a administração<br />

pública estimou-se<br />

uma poupança de cerca de 470<br />

mil horas, em trabalho no atendimento<br />

e no backoffice. As limitações<br />

financeiras têm sempre<br />

consequências. Ainda não é este<br />

ano, por exemplo, que será possível<br />

voltar a premiar funcionários<br />

públicos por ideias de modernização<br />

que possam propor.<br />

de da legislação teria obrigatoriamente<br />

que passar pela contenção<br />

da histórica e repetida hemorragia<br />

legislativa que tem caraterizado<br />

sucessivos governos e legislaturas.<br />

Isto porque a contenção legislativa<br />

é um instrumento indispensável<br />

à boa ponderação de cada<br />

medida. Por outro lado, legislar<br />

menos é também criar menos barreiras<br />

ao dia-a-dia das empresas e<br />

dos cidadãos – e são essas barreiras<br />

que temos vindo a derrubar.<br />

sobre o<br />

simplex, foi<br />

estimada uma<br />

poupança para<br />

as empresas<br />

de cerca de<br />

€568 M e a<br />

administração<br />

pública poupou<br />

470 mil horas em<br />

atendimento e<br />

backoffice<br />

Esse empenho traz resultados?<br />

Sim! Pela primeira vez, no ano<br />

passado, e em mais de 40 anos de<br />

democracia, um Governo Constitucional<br />

publicou menos de uma<br />

centena de Decretos-Lei (apenas<br />

98), cumprindo uma meta assumida<br />

por este Governo desde a<br />

tomada de funções. Além disso,<br />

há apenas duas datas por ano – 1<br />

janeiro e 1 de julho – para a entrada<br />

em vigor de legislação que<br />

afete a vida das empresas.<br />

Portugal tem sido, no que respeita<br />

ao e-Gov, um exemplo em termos<br />

europeus. O que podemos<br />

ensinar a países nomeadamente<br />

do Norte da Europa?<br />

Há várias iniciativas portuguesas<br />

(projetos de egov) que já foram<br />

distinguidas com prémios europeus<br />

e têm sido visitadas por representantes<br />

de outros países. Foi<br />

o caso da Empresa na Hora, Licenciamento<br />

Zero e Balcão do Empreendedor,<br />

Informação Empresarial<br />

Simplificada, Chave Móvel<br />

Digital ou Espaços do Cidadão. O<br />

próprio modo como concebemos<br />

o <strong>Simplex</strong>, juntando simplificação<br />

e e-Gov e construindo-o em<br />

colaboração com os funcionários<br />

e cidadãos é um exemplo que tem<br />

sido muito valorizado.<br />

Para si não há impossíveis, como<br />

tentou mostrar o Primeiro-Ministro<br />

no ano passado, com a<br />

“vaca voadora”?<br />

É uma forma de expressão. Claro<br />

que há impossíveis, pelo menos<br />

caminhos que ainda não sabemos<br />

como trilhar. Mas por vezes ouço<br />

dizer com demasiada ligeireza, perante<br />

projetos mais disruptivos,<br />

“isso é impossível, senhora ministra”.<br />

Disseram-me que era impossível<br />

o cartão de cidadão e até na<br />

Bélgica, quando fui visitar os serviços<br />

deles, referiram que o nosso<br />

projeto era demasiado ambicioso<br />

e que demoraria no mínimo 10<br />

anos a pôr em prática. O prazo era<br />

então de um ano e cumprimos!<br />

Então só é impossível até se tornar<br />

possível?<br />

Em muitas situações é preciso<br />

não recuar logo, não temer o risco,<br />

resistir às resistências, persistir.<br />

Sim, algumas vezes o impossível<br />

afinal é possível!•<br />

C

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