COMUNICAÇÕES 224 - A Senhora Simplex (2017)

APDC secção
PORTUGAL OUTSOURCING
A “monitora”
da sociedade
digital
O outsourcing é, na opinião da
investigadora e docente universitária Ana
Maria Evans, um recurso importante da
transformação digital, desde que integrado
num sistema eficiente. Mas para cumprir
o caderno de encargos que nos levará à
“sociedade 4.0”, ainda há muito a fazer.
Texto de Teresa Ribeiro Fotos de Vítor Gordo/Syncview
Ana Maria Evans tem uma visão
macro. Com uma starting grant na
Nova Information Management
School, algo que lhe permite
orientar uma equipa de investigação,
dirige um projeto sobre a
influência política em estratégia
empresarial e na performance
de empresas. Também colabora
com a Comissão Europeia, quer
na avaliação de financiamentos a
consórcios, quer na monitorização
e consórcios europeus que estão
em curso e ainda na definição
da estratégia europeia daquilo
que pretende vir a ser o governo
digital em 2020 para a Europa.
Pedir-lhe para analisar uma
vertente de um negócio é condicioná-la
a contar uma história
incompleta. Olhando para Portugal,
admite que em termos de
políticas empresariais “está a haver
um esforço muito grande de
transformação digital, começando
pelas grandes empresas”. A investigadora
considera que neste
âmbito “o outsourcing é muito importante,
porque permite que as
empresas libertem aspetos cruciais
dos seus processos e atividades,
mesmo a nível core, e obtenham
ganhos e mais-valias quer
em termos de eficiência, quer em
termos de eficácia, no seu resultado
em termos de produtividade
e na relação com o cliente”.
Porém, ao nível das PME’s, que
constituem a larga maioria do
tecido empresarial português,
Ana Maria Evans identifica dois
problemas: “Por um lado o preço
da tecnologia que proporciona
a transformação digital ainda é
muito elevado, sobretudo para
as micro empresas, e por outro
assistimos a uma corrida desigual
entre a rapidez a que evolui a tecnologia
e a velocidade da aquisi-
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