COMUNICAÇÕES 224 - A Senhora Simplex (2017)

estado da nação 2017
TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO
ções para reforçar competências,
seja de concorrentes diretos, seja
de operações de menor dimensão
ou mesmo de startups.
Ainda recentemente, a HPE
anunciou a aquisição da Cloud
Technology Partners, depois de
ter perdido parte do seu negócio
para a DXC. É a quinta empresa
que compra este ano, para construir
um negócio de cloud híbrida.
E não é a única. A generalidade
dos players do setor tem seguido
na mesma direção.
Outra aposta assenta nas parcerias
estratégicas com outros
gigantes das TI ou mesmo de outros
setores, que se estão a multiplicar,
no sentido de potenciar
capacidades e acelerar respostas
nos vários segmentos de negócio.
Só nas últimas semanas, há muitos
exemplos: a HP e a Deloitte
juntaram-se nos sistemas de impressão
3D em ambientes de produção
de grande dimensão; a Eric
-sson associou-se à Intel e à AT&T
para testar o potencial do 5G; a
Accenture aliou-se à Apple para
criar aplicações empresariais
inovadoras para iOS; e Microsoft
e Amazon querem pôr a falar as
suas assistentes virtuais, Cortana
e Alexa.
Mas se o processo de transição
para o digital é uma realidade
inexorável em todos os setores de
atividade, as perspetivas da sua
aceleração não são famosas. As
previsões da IDC apontam para
um crescimento dos gastos em
TI de 2,2% este ano, num total
de 3,46 mil milhões de euros. Em
2018, o aumento será de 1,2% e
um ano depois de apenas 0,9%.
Em 2020, espera-se que só 25%
das 500 maiores organizações
portuguesas centrem as suas estratégias
de diferenciação competitiva
na transformação digital.
TRANSFORMAR, MAS DEVAGAR
Da despesa prevista em TI, cerca
de 52% será representado em
2020 pelas novas tecnologias
(que a IDC chama de “Aceleradores
de Inovação”), como IoT,
robótica, realidade aumentada/
em 2020 espera-
-se que só 25%
das 500 maiores
organizações
portuguesas
centrem as suas
estratégias de
diferenciação
competitiva na
transformação
digital
realidade virtual (AR/VR), segurança,
cognitiva/inteligência artificial,
impressão 3D e segurança;
e pelas áreas de cloud, mobilidade,
big data e analítica e social business
(pilares da “3ª Plataforma
Tecnológica”). Os gastos nas novas
tecnologias vão crescer 20% e
nos quatro pilares, 10%.
No perfil dos investimentos,
35% dos projetos de TI das 500
maiores organizações nacionais
estarão em 2020 orientados para
o crescimento das receitas por via
da monetização dos dados. Cerca
de 43% do budget empresarial de
TI vai centrar-se nas plataformas
cloud (públicas e privadas), sendo
que as empresas líderes dos vários
setores criarão clouds setoriais.
O papel dos Chief Information
Officer (CIO) continuará a
não ser reconhecido em muitos
casos: 40% não conseguirá alcançar
nesse ano um papel de liderança
da transformação digital
das suas organizações. Até porque
estas vão ter outras prioridades.
Em 2018, será a proteção
de dados. Um ano depois, a IDC
espera que mais de metade tenha
uma equipa dedicada à transformação
digital.
No que se refere à adoção de
novas tecnologias, em 2020 espera-se
que mais de 20% das empresas
com foco no B2C desenvolvam
soluções com base em AR/
VR. O conceito de open data platform
vai desenvolver e potenciar
a adoção da IoT a partir de 2018,
sendo que em 2019 mais de 75%
dos fabricantes de equipamentos
IoT diferenciarão as respetivas
ofertas com soluções de segurança
e privacidade. No próximo ano,
50% dos grandes grupos industriais
vão recorrer a drones para a
gestão de inventário e armazéns.
A AI vai chegar em 2020 a mais de
20% das grandes cadeias de retalho,
para personalizar a experiência
dos clientes e os robots um ano
depois, para a interação pessoal
nas lojas e a entrega de encomendas
ao domicílio.•
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