COMUNICAÇÕES 224 - A Senhora Simplex (2017)
APDC 224 - A Senhora Simplex Setembro 2017
APDC 224 - A Senhora Simplex
Setembro 2017
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em destaque<br />
transformação digital<br />
trariamente à ideia de que a tecnologia<br />
vai substituir pessoas, no<br />
nosso caso a tecnologia está a obrigar-nos<br />
a aumentar o seu número,<br />
mas com uma vantagem: garante<br />
que conseguimos fazer a mudança<br />
de mindset de que precisamos. Esse<br />
é o desafio da transformação digital<br />
nas organizações”.<br />
Em sintonia, Elsa Tavares<br />
(Ageas Seguros) resumiu esta<br />
ideia numa frase que ficou como<br />
um dos sound bites deste pequeno-<br />
-almoço: “A tecnologia pode ajudar-nos<br />
a fazer a transformação<br />
digital, mas ela não é a transformação<br />
digital”.<br />
“Quem está no<br />
negócio da<br />
produção de moeda<br />
tem de saber que a<br />
moeda um dia vai<br />
acabar”<br />
Gonçalo Caseiro (INCM)<br />
“Contrariamente<br />
à ideia de que a<br />
tecnologia vai<br />
substituir pessoas,<br />
no nosso caso a<br />
tecnologia está<br />
a obrigar-nos a<br />
aumentar o seu<br />
número”<br />
Inês Veloso (Randstad)<br />
Alinhado pelo mesmo discurso,<br />
Gonçalo Caseiro (INCM) realçou<br />
o protagonismo das pessoas<br />
na terceira revolução tecnológica:<br />
“O essencial são os ativos humanos.<br />
Os talentos que as empresas<br />
têm, capazes de oferecer uma boa<br />
experiência. Uma boa experiência<br />
na Amazon é quando eu ligo para<br />
o serviço ao cliente para fazer uma<br />
vicção de que nada vai parar a<br />
transformação digital e que este<br />
já não é um tópico sobre o futuro,<br />
mas que faz parte do presente<br />
de quem não se quer deixar ultrapassar<br />
pelos acontecimentos.<br />
Durante a animada discussão<br />
caíram alguns mitos, como o que<br />
associa digitalização à redução do<br />
número de colaboradores e o que<br />
atribui à tecnologia o principal<br />
papel na transformação digital.<br />
Colocando as pessoas no centro<br />
de tudo, este grupo de líderes<br />
revelou como, afinal, todo este<br />
movimento, que está a trazer ao<br />
mundo outras formas de viver, é<br />
mais orgânico do que se pensa.<br />
Cristina Dourado (Fertagus)<br />
foi uma das intervenientes neste<br />
debate que fez questão de salientar<br />
como a informatização dos<br />
sistemas na Fertagus não reduziu<br />
o número de colaboradores:<br />
“Curiosamente, a transformação<br />
digital não trouxe essa consequência.<br />
Conseguimos conviver<br />
com o crescimento mantendo o<br />
número de efetivos”. Por seu turno,<br />
José Theotónio (Grupo Pestana)<br />
admitiu que o grupo hoteleiro<br />
que dirige não precisou de dispensar<br />
pessoas “em parte devido ao<br />
crescimento orgânico que tem<br />
registado”, mas frisou que a introdução<br />
de sistemas informáticos<br />
contribuiu para um “assinalável”<br />
ganho de produtividade: “Hoje,<br />
com o mesmo número de pessoas,<br />
fazemos muito mais”, sublinhou.<br />
Também Inês Veloso (Randstad)<br />
desmontou a associação que se faz<br />
entre introdução de tecnologia e<br />
dispensa de colaboradores: “Conreclamação<br />
e o meu problema é<br />
resolvido de uma forma que me<br />
deixa satisfeito. Esse é o segredo”.<br />
A reforçar estas opiniões, Inês<br />
Veloso partilhou o posicionamento<br />
da Randstad: “Sabemos<br />
e temos como estratégia que o<br />
nosso negócio não vai ser 100%<br />
digital. Na consulta que fizemos<br />
ao mercado percebemos que ‘a<br />
relação’ continua a ser o ponto<br />
principal e que são os nossos consultores<br />
que têm de ser empowered<br />
pela tecnologia e não a tecnologia<br />
a substituir os consultores”.<br />
Mudar a cultuRA<br />
Para as organizações e empresas<br />
que não se querem deixar ultrapassar,<br />
a transformação digital,<br />
mais do que uma opção, é um<br />
caminho de sentido obrigatório.<br />
Mas quando a cultura de onde<br />
se parte é conservadora, o desafio<br />
é maior. Segundo João Filipe<br />
Torneiro (Galp) “as diferentes<br />
unidades de negócio e a presença<br />
em muitas geografias leva a que a<br />
transformação digital seja feita<br />
com estágios de maturidade distintos.<br />
Na exploração o big data é<br />
uma vertente já bastante avançada<br />
e na distribuição de combustíveis<br />
na Península Ibérica a aposta<br />
está a ser feita no marketing digital”.<br />
Casos práticos desta aposta?<br />
A app EvoDriver, que proporciona<br />
uma melhor experiência<br />
e uma interação mais ágil com o<br />
cliente. Além dos portais de relacionamento<br />
com o cliente particular<br />
e empresarial. Mas há mais.<br />
“Ao nível dos processos internos,<br />
uma face menos visível para o<br />
cliente, está agora a ser preparada<br />
a simplificação e digitalização<br />
de várias atividades”.<br />
Também o meio que Pedro<br />
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