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Com esse parágrafo, é possível para um entrevistador pensar em várias perguntas. Por exemplo:
– Você fez show na Inglaterra, Alemanha e Portugal. Como foi essa experiência?
– Você lançou o primeiro livro sobre stand-up, pensa em escrever outro?
– Você era capoeirista, como foi parar na comédia?
Sem contar que muitas perguntas já podem levantar para que eu faça piadas:
– Eu vi que você gosta de fazer piada com uns temas diferentes, pode dar um exemplo?
– É verdade, eu curto uns assuntos diferentes. Esses dias andeipesquisando sobre fobias, que
é ter medo de alguma coisa, e tem umas fobias muito bizarras, tem uma... [E aqui já começo a
“dar texto”.]
Hipopotomonstrosesquipedaliofobia – medo de palavras grandes. O cara não pode nem falar a
doença que tem!... ‘Você está com hipopoto...’ ‘Ai, MEU DEUS!’ ‘Peraí, o tratamento é fácil...’ Ele
ia preferir ouvir: ‘Doutor, o que eu tenho?’ ‘Câncer...’ ‘UFA, ainda bem. Duas sílabas!!!’ (Léo
Lins)
Como foi dito anteriormente, não é apenas o release que pode ser usado como fonte de informações.
Numa das vezes em que fui ao Pânico, na rádio, alguns dos integrantes entraram no meu Twitter e
comentaram sobre algumas tuitadas. Naquela semana, eu tinha pensando em algumas piadas sobre
namorar uma mendiga ou mendigo e tuitei:
“Se um mendigo escrever uma carta para o ‘Lar Doce Lar’, o Luciano Huck tem que reformar
a rua.”
“O lado bom de namorar uma mendiga é que, se você marcar um encontro com ela na rua, ela
nunca se atrasa.”
“Na hora de levar uma mendiga embora pra casa, pode deixar em qualquer lugar.”
Durante a entrevista eles viram isso e perguntaram:
– Você anda querendo namorar uma mendiga?
Eu não tinha um texto pronto sobre isso, então na hora falei algo como:
– Não... É que esses dias vi um cara trocando ideia com uma mendiga e aí fiquei pensando
nos prós e contras de namorar uma mendiga...
– Por exemplo?
– Se você marcar um encontro com ela na rua, ela nunca se atrasa.
Manual do entrevistado III