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Fórmula para o sucesso
O grau de destaque em sua profissão pode ser expresso por uma fórmula. Basta inserir números
necessários para um resultado positivo que você alcançará uma carreira de sucesso. A fórmula é uma
equação, cujas variáveis são: você, o tempo e a sorte.
[(vocação, dom, talento) + persistência + sorte] ÷ tempo = carreira de sucesso
Uma pessoa sem dom, com pouca vocação e sem persistência precisará de muito mais sorte do que
alguém com muito talento, dom e persistência.
Quanto maior o número nas variáveis acima da linha de divisão, maiores as suas chances de resistir ao
tempo que pode levar para ser bem-sucedido. O tempo não tem um valor fixo, como dois, sete ou 11
anos. Portanto, o que deve ser feito é se esforçar por meio da vocação, desenvolver seu talento ao
máximo, se possível, contar com o dom, persistir com muita força de vontade e contar com uma pequena
ajuda da sorte. Dessa forma, não importa o quão alto seja o valor do divisor “tempo”, pois o valor dos
dividendos será maior.
Jim Carey levou 15 anos nos comedy clubs antes de filmar Ace Ventura e sua carreira decolar. Para
resistir a esses 15 anos foi preciso muita dedicação, esforço, talento e persistência. Rafinha Bastos,
Danilo Gentili e Oscar Filho com menos de três anos de carreira no stand-up faziam parte do elenco de
um programa de TV em rede nacional. Eles foram vistos pelos produtores do CQC, fizeram testes e foram
contratados. O fator sorte os ajudou, estavam no lugar certo na hora certa. Mas para permanecer na mídia
foi necessário talento e esforço. Outros também tiveram a sorte de serem vistos e conseguiram um teste
para o programa, mas não passaram.
Se a sorte for o valor mais elevado na sua equação, há uma grande chance de você não conseguir se
manter no cargo que ela lhe ajudou a conquistar. Não adianta ter sorte, é preciso estar preparado para ela.
Alguns comediantes tiveram oportunidade no programa Pânico e isso alavancou suas carreiras; Evandro
Santo e Eduardo Sterblitch são alguns exemplos. Outros como Paulinho Serra e Fábio Rabin tiveram a
mesma oportunidade, mas por algum fator não deram certo e saíram, mas isso não foi motivo para que
desistissem da carreira. Eles seguiram em frente e novas oportunidades surgiram.
Quando participei do “Quem chega lá”, em 2008, a equipe do Faustão decidiu contratar seis
humoristas para um quadro fixo no programa. Achei que poderia ser minha oportunidade na TV, afinal me
classifiquei em todas as etapas e perdi apenas na votação para o ganhador do concurso, entretanto, não
fui um dos seis contratados. Para publicar meu primeiro livro, entrei em contato com cerca de sete
editoras. Algumas nem sequer me responderam. Outras disseram que humor não era o foco do trabalho ou
que já estavam com suas publicações do ano fechadas, até que uma delas topou publicar.
A vida é repleta de exemplos como esses. O manuscrito de Tempo de matar, de John Grisham, foi
rejeitado por 26 editores; seu segundo original, A firma, só atraiu o interesse de editores depois que uma
cópia pirata que circulava em Hollywood lhe rendeu uma oferta de 600 mil dólares pelos direitos para a
produção do filme. O primeiro Harry Potter, de J.K. Rowling, foi rejeitado por nove editoras, que
devem se arrepender amargamente por isso. Antes de escrever o roteiro de Rocky, Sylvester Stallone
vendeu seu cachorro por 25 dólares para poder pagar a conta de luz. O roteiro foi negado por dezenas de
produtoras até que a United Artists lhe ofereceu 125 mil dólares, mas apenas se ele não estivesse no
filme. Stallone recusou e a oferta subiu até atingir 325 mil dólares, mas ele também não aceitou.
Finalmente, concordaram em deixá-lo fazer o papel de Rocky, mas o valor seria de 35 mil dólares. Isso