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Transporte e Energia - Assembleia Legislativa do Estado de São ...

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<strong>de</strong>bates - a socieda<strong>de</strong> se manifesta – <strong>Transporte</strong>s e <strong>Energia</strong><br />

Um outro fator para o qual quero chamar atenção, uma outra maneira <strong>de</strong> ver<br />

é a seguinte: suponhamos que o Brasil não só produzisse álcool para si mesmo mas<br />

o exportasse; e os senhores ouviram o Sr. Baganiée falan<strong>do</strong> aqui que existe uma<br />

política para reduzir a emissão <strong>de</strong> carbono no setor <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> eletricida<strong>de</strong>. E no<br />

setor <strong>de</strong> transportes, há política? Não, quase que não há, porque é muito difícil, não<br />

existe como resolver, exceto como falei antes, com etanol; essa é uma possível<br />

solução. Isso não é muito pleitea<strong>do</strong>. O que o americano e o europeu pensam fazer<br />

no setor <strong>de</strong> transporte? Vou melhorar a eficiência <strong>do</strong> carro, o carro vai consumir<br />

menos. Mas é uma política <strong>de</strong> muito pouca repercussão, porque na hora em que um<br />

automóvel melhora a eficiência, o custo operacional <strong>do</strong> condutor baixa, ele guia<br />

mais, então é um efeito bumerangue. Qualquer redução, investimento na eficiência<br />

<strong>do</strong> automóvel é atenuada; não que ela <strong>de</strong>sapareça, mas é atenuada, porque o<br />

usuário vai procuran<strong>do</strong> usar mais, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma economia que tenha condição <strong>de</strong><br />

se expandir. É claro que não é o caso <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo, porque <strong>São</strong> Paulo está numa<br />

situação <strong>de</strong> saturação que não acredito possa chegar a uma expansão muito<br />

gran<strong>de</strong>. Vamos pensar então que o Brasil fosse um exporta<strong>do</strong>r, e tem todas as<br />

condições <strong>de</strong> ser um exporta<strong>do</strong>r, porque o mun<strong>do</strong> <strong>de</strong>manda; não existe tecnologia<br />

para reduzir as emissões <strong>de</strong> forma apreciável no setor <strong>de</strong> transporte <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.<br />

Para os senhores verem <strong>de</strong> uma outra maneira isto aqui, vejam, aqui a cor<br />

vermelha mostra qual é o débito externo <strong>do</strong> Brasil no perío<strong>do</strong> entre 70 e 92. Chegou<br />

aqui na base <strong>de</strong> 110 bilhões <strong>de</strong> dólares. Aqui na curva azul são as exportações que<br />

o Brasil fez. O Brasil exportou nesse perío<strong>do</strong> em torno <strong>de</strong> 40 bilhões <strong>de</strong> dólares.<br />

Supon<strong>do</strong> que pudéssemos auferir o lucro da exportação <strong>de</strong> álcool <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com<br />

esta curva aqui mais em baixo, uns <strong>do</strong>is bilhões no início, acaba mais ou menos em<br />

quatro bilhões. E álcool? Seria o que o Brasil hoje produz, exportan<strong>do</strong> seis bilhões,<br />

estaríamos chegan<strong>do</strong> aqui, em 92 com 12 bilhões. Qual seria a dívida externa<br />

brasileira? É aqui na curva amarela, vejam. Então o Brasil, em 92, em vez <strong>de</strong> <strong>de</strong>ver<br />

110 bilhões, teria uma dívida <strong>de</strong> pouco mais <strong>do</strong> que seis bilhões <strong>de</strong> dólares. Tão<br />

pouco, pesa tanto? Bem, pesa porque tem algumas hipóteses que são difíceis <strong>de</strong><br />

Pensan<strong>do</strong> <strong>São</strong> Paulo FÓRUM SÃO PAULO - SÉCULO 21<br />

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