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Transporte e Energia - Assembleia Legislativa do Estado de São ...

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<strong>de</strong>bates - a socieda<strong>de</strong> se manifesta – <strong>Transporte</strong>s e <strong>Energia</strong><br />

essa vida digna, eu acho que talvez fosse o caso <strong>de</strong> batermos um pouco mais <strong>de</strong><br />

bola, integran<strong>do</strong> o transporte com as outras áreas, para que pudéssemos <strong>de</strong>talhar<br />

mais. Eu temo que, <strong>de</strong>pois que fizermos o trabalho e a saú<strong>de</strong> fizer outra coisa, a liga<br />

disso não seja tão fácil assim. É só uma preocupação que compartilho.<br />

SR. SIDNEY BERALDO – Fred, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ssa linha, o que você proporia?<br />

Dentro <strong>do</strong> que fizemos até agora e <strong>de</strong> uma meto<strong>do</strong>logia que possa ser incorporada<br />

para que pudéssemos fazer essa reflexão e essa inversão, inclusive da discussão?<br />

SR. FREDERICO BUSSINGER – Não tenho isso totalmente <strong>de</strong>talha<strong>do</strong>, mas<br />

vou dar um exemplo <strong>de</strong> como é que vejo a questão. Nós, no mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> transporte<br />

temos sempre a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> a estratégia mais global <strong>de</strong> aumentar a oferta para aten<strong>de</strong>r a<br />

<strong>de</strong>manda. Ou seja, estamos sempre corren<strong>do</strong> atrás <strong>do</strong> prejuízo. Volto um pouco no<br />

tempo: quan<strong>do</strong> o primeiro governo socialista francês se estabeleceu, ele trabalhou<br />

ao contrário com a tese, ou seja, eu não vou gerar mais energia, vou diminuir o<br />

consumo <strong>de</strong> energia. Talvez uma estratégia para o mun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s transportes seja não<br />

a <strong>de</strong> aumentar a oferta <strong>do</strong> transporte, mas procurar racionalizar o uso, reduzir a<br />

<strong>de</strong>manda.<br />

Por exemplo, seria muito <strong>de</strong>sejável para quem administra transporte, se a<br />

cida<strong>de</strong> fosse mais or<strong>de</strong>nada, se as origens e <strong>de</strong>stinos fossem mais elabora<strong>do</strong>s, se a<br />

organização da ocupação no tempo, a distribuição no tempo, a redução <strong>do</strong>s picos<br />

fossem mais administráveis. Não estou falan<strong>do</strong> nada <strong>de</strong> novo. Isso tu<strong>do</strong> já foi<br />

pensa<strong>do</strong>, <strong>de</strong>seja<strong>do</strong> e nunca atingi<strong>do</strong>. Então, um problema <strong>de</strong> transporte po<strong>de</strong><br />

encontrar solução fora <strong>do</strong> transporte. E nós não temos total autonomia disso nessa<br />

comissão. Então é por isso que eu disse que talvez um preâmbulo, uma discussão<br />

preliminar intergrupos pu<strong>de</strong>sse ser útil como ponto <strong>de</strong> partida. É um exemplo.<br />

SR. SÉRGIO – O <strong>de</strong>bate avança, <strong>de</strong>puta<strong>do</strong>, e aí vão nascen<strong>do</strong> as idéias.<br />

Acho que essa proposta <strong>do</strong> Fred não é <strong>de</strong> to<strong>do</strong> impraticável, sem precisar fazer uma<br />

Pensan<strong>do</strong> <strong>São</strong> Paulo FÓRUM SÃO PAULO - SÉCULO 21<br />

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