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Transporte e Energia - Assembleia Legislativa do Estado de São ...

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<strong>de</strong>bates - a socieda<strong>de</strong> se manifesta – <strong>Transporte</strong>s e <strong>Energia</strong><br />

cobre a conta <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa direta <strong>de</strong> operação, manutenção etc. que é, grosso mo<strong>do</strong>,<br />

o custo <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra da companhia, da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 70%.<br />

O único obstáculo é quan<strong>do</strong> você compara se isso é viável em termos da<br />

economia <strong>do</strong> usuário. Ou seja, se seria viável para o usuário se elevássemos agora<br />

a tarifa o suficiente para pagar o investimento. Claro que não é. O preço atual <strong>de</strong><br />

tarifa, que não inclui o necessário e suficiente para cobrir os investimentos, para<br />

muitas faixas <strong>de</strong> renda, correspon<strong>de</strong> a 20% da economia <strong>do</strong>méstica das pessoas<br />

que usam o transporte. De um mo<strong>do</strong> geral, <strong>de</strong>ntro da economia popular o transporte<br />

está sen<strong>do</strong> mais importante <strong>do</strong> que habitação. Devemos levar em consi<strong>de</strong>ração que<br />

o transporte não é fim, mas sim meio. Habitação é mais fim <strong>do</strong> que meio. Quem<br />

imagina que habitação é meio só para não tomar chuva, está simplifican<strong>do</strong> <strong>de</strong>mais<br />

esta questão. O sujeito po<strong>de</strong> estar gastan<strong>do</strong> igual ou mais que gasta na habitação,<br />

meramente para chegar on<strong>de</strong> vai trabalhar. É importante também notar que a<br />

<strong>de</strong>secononomia <strong>do</strong> transporte é complicada. Assim sen<strong>do</strong>, o que o público contribui<br />

para a economia <strong>do</strong> processo não é suficiente para expansão <strong>do</strong> sistema. Ele mal é<br />

suficiente para preservação daquilo que já foi investi<strong>do</strong> e cria<strong>do</strong>. Esta é a primeira<br />

conclusão que chegamos. É interessante cruzarmos esta conclusão com uma outra<br />

coisa. Qual é o problema <strong>de</strong> eventualmente não termos transporte coletivo. Por que<br />

precisamos <strong>de</strong> transporte coletivo? Vamos acabar com transporte coletivo e cada<br />

um que se vire. Em primeiro lugar isto não é viável, porque a cida<strong>de</strong> com 16 milhões<br />

<strong>de</strong> habitantes, que resolvem o seu problema através <strong>do</strong> transporte individual, é uma<br />

cida<strong>de</strong> por habitante muito mais cara em relação a tu<strong>do</strong>. Ou seja, o que a socieda<strong>de</strong><br />

teria que ter <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> para investir para a cida<strong>de</strong> ser assim, nós não temos<br />

recursos para completar sequer a cida<strong>de</strong> atual. Nessa cida<strong>de</strong> totalmente<br />

individualizada, o sujeito po<strong>de</strong>ria dizer – não quero mais falar sobre transporte<br />

coletivo, é uma cida<strong>de</strong> inviável em termos da nossa economia. Se o sujeito olhar<br />

sob o ponto <strong>de</strong> vista mundial ela é inviável. Estaríamos olhan<strong>do</strong> a coisa um pouco<br />

fora da nossa fronteira nacional, fora <strong>do</strong> nosso nacionalismo natural, que <strong>de</strong>vemos<br />

ter mesmo. Olhan<strong>do</strong> amplamente ela é impossível para o mun<strong>do</strong>. Ou seja esse<br />

Pensan<strong>do</strong> <strong>São</strong> Paulo FÓRUM SÃO PAULO - SÉCULO 21<br />

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