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Estudo de revestimentos cerâmicos sobre substrato metálico obtido

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CAPÍTULO 1<br />

INTRODUÇÃO<br />

Palhetas <strong>de</strong> turbinas <strong>de</strong> aeronaves e <strong>de</strong> termoelétricas operam em atmosferas<br />

agressivas e em elevadas temperaturas e pressões, o que compromete a integrida<strong>de</strong><br />

estrutural. Uma técnica para aumentar a vida útil ou mesmo a temperatura <strong>de</strong> trabalho,<br />

que envolve alta tecnologia agregada, é a utilização <strong>de</strong> <strong>revestimentos</strong> especiais<br />

<strong>de</strong>positados por diversos processos [1]. A eficiência <strong>de</strong>stes <strong>revestimentos</strong> é gran<strong>de</strong>mente<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte tanto dos materiais utilizados no revestimento, como do processo utilizado<br />

para obtê-los. Este tipo <strong>de</strong> revestimento é chamado <strong>de</strong> barreira térmica (Thermal<br />

Barrier Coating – TBC), <strong>de</strong>vido a sua função específica. É necessária a elaboração <strong>de</strong><br />

uma interface a<strong>de</strong>quada para viabilizar a a<strong>de</strong>rência do revestimento cerâmico ao<br />

<strong>substrato</strong> <strong>metálico</strong>.<br />

Dentre os processos mais avançados e que melhor se aplica aos componentes<br />

aeroespaciais está a obtenção <strong>de</strong> <strong>revestimentos</strong> por <strong>de</strong>posição física <strong>de</strong> vapores por feixe<br />

<strong>de</strong> elétrons (Electron Beam Physical Vapor Deposition - EB-PVD) [2, 3].<br />

Os <strong>revestimentos</strong> são um recurso efetivo e <strong>de</strong> baixo custo para aumentar a<br />

temperatura <strong>de</strong> operação das ligas metálicas usadas nas palhetas <strong>de</strong> turbina. À medida<br />

que as pesquisas em novos materiais e o entendimento da microestrutura, proprieda<strong>de</strong>s<br />

mecânicas e térmicas progredirem, será possível a operação das turbinas a gás em<br />

temperaturas mais altas, com melhor <strong>de</strong>sempenho, durabilida<strong>de</strong> e confiabilida<strong>de</strong> [4].<br />

A aplicação <strong>de</strong> tais <strong>revestimentos</strong> na câmara <strong>de</strong> combustão e nas palhetas dos<br />

primeiros estágios <strong>de</strong> uma turbina po<strong>de</strong> reduzir o consumo <strong>de</strong> combustível entre 1 a 2%,<br />

o que representa uma economia <strong>de</strong> até <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> milhões <strong>de</strong> dólares por ano para<br />

algumas companhias aéreas [5, 6, 7].<br />

No Brasil, existem diversas empresas, como por exemplo Cascadura e Brasimet,<br />

que produzem <strong>revestimentos</strong> <strong>de</strong> materiais por aspersão térmica por plasma (Plasma<br />

Sprayed - PS). Nesta técnica, pós ou arames <strong>de</strong> materiais <strong>cerâmicos</strong> ou <strong>metálico</strong>s são<br />

alimentados em uma tocha a plasma on<strong>de</strong> são aquecidos até as temperaturas <strong>de</strong> fusão ou<br />

próximas <strong>de</strong> fusão. O resultado é a formação <strong>de</strong> gotículas quase fundidas ou fundidas<br />

que são arrastadas e aceleradas num fluxo <strong>de</strong> gás e projetadas na superfície a ser<br />

revestida (<strong>substrato</strong>). As proprieda<strong>de</strong>s obtidas por esta técnica são inferiores às obtidas<br />

pela técnica <strong>de</strong> evaporação. Existem, também, centros <strong>de</strong> pesquisa que utilizam<br />

evaporadores por feixes eletrônicos, que por serem <strong>de</strong> baixa potência, não são<br />

a<strong>de</strong>quados para a evaporação <strong>de</strong> materiais refratários.<br />

Buscando obter <strong>revestimentos</strong> nacionais <strong>de</strong> alto <strong>de</strong>sempenho, na Divisão <strong>de</strong><br />

Materiais (AMR) do Instituto <strong>de</strong> Aeronáutica e Espaço (IAE) do Centro Técnico<br />

Aeroespacial (CTA), estão sendo <strong>de</strong>senvolvidos trabalhos que permitam a manufatura<br />

<strong>de</strong> <strong>revestimentos</strong> para uso como <strong>de</strong> barreira térmica em palhetas <strong>de</strong> turbinas<br />

aeronáuticas como forma <strong>de</strong> barreira térmica. Para tanto, foram realizadas adaptações<br />

no Forno <strong>de</strong> Fusão por Feixe Eletrônico (JEBM-30D – Jeol), do Centro Técnico<br />

Aeroespacial (CTA), com apoio financeiro da FAPESP, melhorando a utilização como<br />

equipamento <strong>de</strong> evaporação. As adaptações incluíram um sistema <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> dados<br />

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