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Estudo de revestimentos cerâmicos sobre substrato metálico obtido

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<strong>substrato</strong>, velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rotação do <strong>substrato</strong> e morfologia da superfície. Com ângulo <strong>de</strong><br />

incidência das espécies químicas do vapor constante e sem rotação do <strong>substrato</strong> durante<br />

a <strong>de</strong>posição, a estrutura colunar é mais <strong>de</strong>nsa com menor porosida<strong>de</strong> entre as colunas.<br />

O crescimento <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> colunas em condições <strong>de</strong> alta saturação<br />

leva à seleção das colunas com orientação favorável. A mobilida<strong>de</strong> dos átomos<br />

adsorvidos é significativamente maior para as posições mais favoráveis da re<strong>de</strong>. A autosombra<br />

do filme nas áreas mais baixas causada por aglomerados, ou protuberâncias,<br />

começa a ser efetiva. A anisotropia <strong>de</strong> crescimento e <strong>de</strong> coeficiente <strong>de</strong> difusão leva ao<br />

predomínio <strong>de</strong> colunas com taxa <strong>de</strong> crescimento maiores em <strong>de</strong>trimento das que<br />

crescem lentamente e, novamente, são as mais sombreadas [43].<br />

Diversos parâmetros <strong>de</strong> processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>posição por EB-PVD têm efeito na<br />

espessura, massa específica, orientação cristalina e microestrutura do revestimento.<br />

Estes parâmetros <strong>de</strong> processo incluem taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>posição, temperatura do <strong>substrato</strong>,<br />

distância da fonte ao <strong>substrato</strong>, pressão na câmara <strong>de</strong> evaporação, ângulo <strong>de</strong> incidência<br />

do vapor e efeitos <strong>de</strong> sombreamento [43].<br />

Um método comum para quantificar a textura em um revestimento é a obtenção<br />

<strong>de</strong> difratogramas <strong>de</strong> raios X. Pelos cálculos das relações entre as alturas dos picos,<br />

<strong>de</strong>terminar se existe um conjunto <strong>de</strong> planos predominantemente paralelos à superfície<br />

do <strong>substrato</strong> (normalmente os planos que apresentam as maiores intensida<strong>de</strong>s<br />

normalizadas) [43].<br />

Infelizmente, os difratogramas são <strong>obtido</strong>s pela incidência dos raios X normais à<br />

superfície do <strong>substrato</strong> (isto é, não são normais à direção <strong>de</strong> crescimento das colunas) e,<br />

portanto, não se po<strong>de</strong>m tirar conclusões com respeito à direção <strong>de</strong> crescimento dos<br />

cristais baseadas apenas em dados <strong>de</strong> difração <strong>de</strong> raios X. Estes dados dão apenas<br />

informações básicas a respeito <strong>de</strong> textura, mas não <strong>de</strong>screvem o estado exato da<br />

orientação dos grãos no revestimento. Portanto, são necessárias análises <strong>de</strong> figuras <strong>de</strong><br />

pólo para uma completa caracterização do tipo <strong>de</strong> textura cristalográfica [43].<br />

Diferentes tipos <strong>de</strong> textura têm sido encontrados nos <strong>revestimentos</strong> <strong>cerâmicos</strong> à<br />

base <strong>de</strong> zircônia, sendo que predominam as seguintes famílias <strong>de</strong> direção: ,<br />

, e . Fatores como ângulo <strong>de</strong> incidência dos vapores, temperatura do<br />

<strong>substrato</strong>, espessura do revestimento e rotação do <strong>substrato</strong> exercem influência na<br />

textura dos <strong>de</strong>pósitos e não há uma correlação clara entre estes diversos fatores [43].<br />

Heydt, por exemplo, verifica que a textura cristalográfica é in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do<br />

material do <strong>substrato</strong>. No entanto, a direção <strong>de</strong> crescimento muda <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da<br />

temperatura passando <strong>de</strong> [111] em temperaturas entre 700 e 900 o C para [200] a 1150 o C<br />

[44].<br />

Uma superfície do <strong>substrato</strong> <strong>de</strong> baixa rugosida<strong>de</strong> promove o crescimento<br />

paralelo das colunas. Com o aumento da rugosida<strong>de</strong> as colunas alargam-se, assim como<br />

há um <strong>de</strong>svio da orientação i<strong>de</strong>al, Figura 2.17 [25]. Além disto, os picos e vales da<br />

superfície <strong>de</strong> <strong>substrato</strong> com elevada rugosida<strong>de</strong> funcionam como concentradores <strong>de</strong><br />

tensão criando sítios favoráveis à nucleação <strong>de</strong> trincas [45].<br />

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